Combatentes sírios avançam na luta final contra o Daesh
As forças sírias apoiadas pelos EUA iniciaram este fim-de-semana uma ofensiva sobre o último bastião do grupo jihadista no leste do país.
As Forças Democráticas Sírias (SDF), apoiadas pelos EUA, ganharam terreno face ao Daesh depois de uma batalha dura para capturar o último bastião no leste do país, disse um dirigente do grupo.
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As Forças Democráticas Sírias (SDF), apoiadas pelos EUA, ganharam terreno face ao Daesh depois de uma batalha dura para capturar o último bastião no leste do país, disse um dirigente do grupo.
As SDF iniciaram a ofensiva no sábado, com o objectivo de destruir os últimos resquícios do "califado" do grupo jihadista no leste e no norte da Síria.
O enclave é próximo da fronteira com o Iraque e contém duas aldeias. O Daesh também mantém território na parte da Síria que está sob controlo do Governo, apoiado pela Rússia e pelo Irão.
Os combatentes das SDF conseguiram o controlo de 41 posições, mas enfrentaram contra-ataques às primeiras horas de domingo, que acabaram por ser repelidos, disse à Reuters o director de comunicações do grupo, Mustafa Bali.
"Os confrontos são ferozes naturalmente, dado que o grupo terrorista está a defender o seu último bastião."
O Presidente dos EUA, Donald Trump, que pretende retirar as forças norte-americanas da Síria, disse na quarta-feira que aguarda um anúncio formal na próxima semana de que a coligação passou a controlar todo o território anteriormente ocupado pelo Daesh.
Bali disse que se estima que entre 400 e 600 jihadistas se mantenham acantonados no enclave, incluindo combatentes estrangeiros e outros veteranos. Calcula-se que também se mantenham entre 500 e mil civis no interior. Mais de 20 mil civis foram retirados nos dez anteriores à ofensiva.
"Se conseguirmos, num curto período de tempo, retirar os civis ou isolá-los, creio que nos próximos dias iremos assistir ao fim militar da organização terrorista nesta área", afirmou Bali.
Redur Xelil, um militar sénior das SDF, disse à Reuters no sábado que o grupo pretende controlar a área até ao fim do mês, mas avisou que o Daesh irá continuar a constituir uma ameaça "grande e séria" à segurança.
O Daesh redesenhou o mapa do Médio Oriente em 2014, quando declarou um "califado" em vastas áreas da Síria e do Iraque. Mas começou a perder território consistentemente e os seus principais prémios, a cidade síria de Raqqa e a iraquiana de Mossul, caíram em 2017.
Apoiada pela milícia curda das YPG, as SDF têm sido o principal aliado dos EUA na Síria. Um general norte-americano disse na semana passada que o Daesh irá continuar a ser uma grande ameaça após a retirada dos EUA, uma vez que continua a ter líderes, combatentes, apoiantes e recursos.