Elizabeth Warren lança pré-campanha para a presidência dos EUA

Pelas contas do Politico, já são 34 os pré-candidatos ligados ao Partido Democrata que querem enfrentar Trump. "É a batalha das nossas vidas", disse Warren - e todos querem travá-la.

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Elizabeth Warren em Manchester, no New Hampshire Reuters/Brian Snyder

Há cada vez mais representantes e simpatizantes do Partido Democrata com vontade de enfrentar Donald Trump nas eleições presidenciais americanas de 2020. Neste sábado, juntou-se mais um nome à já extensa lista: a senadora Elizabeth Warren anunciou a sua pré-candidatura num comício em Lawrence, no seu estado do Massachusetts.

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Há cada vez mais representantes e simpatizantes do Partido Democrata com vontade de enfrentar Donald Trump nas eleições presidenciais americanas de 2020. Neste sábado, juntou-se mais um nome à já extensa lista: a senadora Elizabeth Warren anunciou a sua pré-candidatura num comício em Lawrence, no seu estado do Massachusetts.

“Não chega anular as ordens presidenciais emitidas por esta Administração. Não nos podemos dar ao luxo de ficar por aí. A nossa luta tem que ser maior, tem que ser por mudanças estruturais. Esta é a batalha das nossas vidas. A batalha pela construção de uma América em que os sonhos sejam possíveis, uma América para todos”, disse aos apoiantes. Continuou: “Vou levar esta batalha até ao fim. E é por isso que estou aqui hoje: para declarar que sou candidata à presidência dos Estados Unidos”.

Para Warren, Trump, o Presidente eleito pelo Partido Republicano no cargo desde Janeiro de 2016, roubou o sonho americano à classe média e construiu um sistema onde a América — como disse — pertence aos ricos e aos privilegiados. 

Trump pertence “ao círculo que alimenta os ricos e poderosos e pisa todos os outros”, um círculo que deixou a “classe média sufocada”. É esta a mensagem de Warren, que quer que os EUA voltem a ser a terra das oportunidades para todos, o mote que escolheu para distinguir a sua candidatura de todas as outras.

E as outras, pelas contas do Politico, são 34, entre senadores, congressistas, governadores, outsiders... Alguns já anunciaram formalmente que estão na corrida: John Delaney (ex-congressista do Maryland), Julián Castro (que esteve na Administração Obama), Andrew Yang (empresário), Kirsten Gillibrand (senadora de Nova Iorque), Tulsi Gabbard (congressista do Hawai), Pete Buttigieg (presidente de câmara no Indiana), Kamala Harris (senadora da Califórnia), Marianne Williamson
(autora de livros de auto-ajuda), Cory Booker (senador de Nova Jérsia).

Outros “estão a pensar nisso muito seriamente”, caso de Bernie Sanders, do antigo presidente da câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg, do ex-vice-Presidente Joe Biden ou de Beto O’Rourke, ex-congressista do Texas.

Todos eles têm dado argumentos semelhantes aos de Warren — que anunciou que vai ter figuras de peso do establishment ​do Partido Democrata do seu lado. 

Mas a pergunta que se impõe é porquê tantos candidatos num ano em que o Presidente em exercício se recandidata? A história diz que neste caso são poucas as hipóteses de não ser reeleito. Os analistas respondem: porque é Trump o inquilino da Casa Branca, um Presidente que divide a opinião pública, o que aumenta as hipóteses de quem o desafiar nas urnas.

Mas esta proliferação de candidatos revela também o momento de indefinição que vive o Partido Democrata — as eleições legislativas de Novembro fizeram chegar ao Congresso rostos novos com causas novas. E esta época atípica de pré-campanha é o reflexo dessa convulsão. Nem todos chegarão às primárias de 2020, quando o partido escolhe quem é de facto o seu candidato para enfrentar Trump, mas adivinham-se uma época de primárias bastante imprevisíveis.