Investimento no Porto de Leixões é para continuar
A 27 deste mês serão anunciados novos investimentos para o Porto de Leixões, adianta a ministra do Mar, no dia em que foi apresentado o Projecto de Reconversão do Terminal de Contentores Sul do Porto de Leixões - um investimento de 43,4 milhões realizado pela operadora portuária turca Yilport.
Poucos minutos tinham passado desde o final da apresentação do Projecto de Reconversão do Terminal de Contentores Sul do Porto de Leixões, orçado em 43,4 milhões de euros, investidos pelo operador portuário turco Yilport, e a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, já anunciava, na manhã de sexta-feira, no Terminal de Cruzeiros, que o investimento não vai ficar por aqui.
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Poucos minutos tinham passado desde o final da apresentação do Projecto de Reconversão do Terminal de Contentores Sul do Porto de Leixões, orçado em 43,4 milhões de euros, investidos pelo operador portuário turco Yilport, e a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, já anunciava, na manhã de sexta-feira, no Terminal de Cruzeiros, que o investimento não vai ficar por aqui.
Está marcado para dia 27 deste mês, no mesmo local, novo anúncio de “novos investimentos”, ainda desconhecidos, para o segundo maior porto nacional, o maior de serviço às exportações.<_o3a_p>
Na apresentação do projecto para o Terminal Sul, o presidente da empresa concessionária do terminal, Robert Yildirim, levantou a ponta do véu ao reforçar a ideia da necessidade de expandir o Terminal Norte. Para já, arrancaram as obras de reconversão do primeiro, com data de conclusão marcada para Março de 2021.<_o3a_p>
Actualmente, o Porto de Leixões exporta para 184 países. Com uma capacidade para 650 mil TEU (medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor), em 2018 rebentou pelas costuras ao ultrapassar os 660 mil TEU. Recebeu no mesmo ano 19,2 milhões de toneladas de carga e 2551 navios. De acordo com dados da Yilport, esta área portuária totaliza 17% do PIB do Norte de Portugal e 6% do PIB nacional e representa 18% do emprego do Norte do país e 7% do território nacional. Diz a Yilport que é um dos “mais eficientes” a seu cargo.<_o3a_p>
Adianta o responsável pelo 12º maior operador portuário do mundo e o segundo maior da Europa, que o Porto de Leixões é o mais eficiente na Península Ibérica, na sua escala. Motivo que leva o investidor a querer aumentar o investimento neste porto para o levar a “um próximo nível”.<_o3a_p>
Esta estrutura é composta por três terminais: Terminal Norte, com 5,4 hectares, 360 metros de cais e 10 metros de profundidade, capaz de suportar 150 mil TEU; Terminal Sul com 13,1 hectares, 540 metros de cais e 12 metros de profundidade, capaz de receber 450 mil TEU, e um Terminal Multiusos, com 6 hectares, 220 metros de cais e 10 de profundidade, com capacidade para 50 mil TEU. Em percentagem, a carga divide-se em 68% pelo Sul, 24% pelo Norte e 8% pelo Multiusos.<_o3a_p>
Entre 2001 e 2018, o porto cresceu de 295 TEU para 660 mil. Considera a concessionária, por isso, necessário passar para o próximo nível.<_o3a_p>
O investimento de 43,4 milhões de euros prevê a extensão da plataforma do Terminal Sul, a criação de uma nova entrada, inclusão de duas linhas de carris ao longo do mesmo, a construção de uma nova área de edifícios administrativos e operacionais e a aquisição de novos equipamentos. Até 2021, aumentará a capacidade para mais 210 mil TEU, passando a poder dar resposta a 660 TEU.<_o3a_p>
Expansão do Terminal Norte<_o3a_p>
Mas a Yilport ambiciona mais. Segundo o vídeo de apresentação projecto, considera o operador portuário que está em nove países - Noruega, Suécia, Turquia, Malta, Espanha, Portugal, Peru, Equador, Guatemala -, e brevemente também nos Estados Unidos e em Itália, ser fundamental melhorar as limitações do Terminal Norte.<_o3a_p>
A obra seria feita em duas fases. Numa primeira fase prolongar-se-ia o terminal, com uma área adicional de 90 metros por 185 metros e mais 450 metros de cais e seria realizada uma expansão para a marina, onde seria construída uma rampa com 32 metros. Na fase dois, seria construída uma nova plataforma.<_o3a_p>
Ao longo da obra, a capacidade de contentores aumentaria de 150 mil TEU para mais de 400 mil TEU na fase 1A, 700 mil na fase 1B, até chegar ao 1 milhão de TEU na fase 2.<_o3a_p>
Ana Paula Vitorino confirma que no próximo dia 27 voltará ao Terminal dos Cruzeiros para anunciar novos investimentos, mas remete para esse dia qualquer informação adicional. Porém, afirma ter uma certeza: “Face à evolução (o porto) precisa de ter mais capacidade de movimentação de contentores e de funcionamento para que continue a ser uma peça fundamental do nosso sistema logístico e do nosso sistema económico”.<_o3a_p>
Presente na cerimónia, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, sublinha que o investimento feito por um privado estrangeiro significa que o movimento de atração do investimento para Portugal não esmoreceu e que revela confiança dos investidores estrangeiros na economia nacional. “Este investimento só se justifica porque este investidor acredita que as nossas exportações vão continuar a crescer”, conclui. <_o3a_p>