Governo, PGR e forças de segurança reúnem-se. Agenda: violência doméstica
"Cada vida humana perdida num caso de violência doméstica é uma ofensa profunda à sociedade", disse António Costa, no Parlamento.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que na quinta-feira se realizará uma reunião conjunta entre três ministros, a procuradora-geral da República e forças de segurança "para aperfeiçoar a resposta a dar" ao problema da violência doméstica.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que na quinta-feira se realizará uma reunião conjunta entre três ministros, a procuradora-geral da República e forças de segurança "para aperfeiçoar a resposta a dar" ao problema da violência doméstica.
A questão foi introduzida no debate quinzenal pelo líder parlamentar do PSD. Fernando Negrão citou o mais recente editorial do director do PÚBLICO, Manuel Carvalho, para dizer que "os bárbaros estão entre nós", e recuperou números divulgados nos últimos dias de que já terão morrido nove mulheres vítimas de violência doméstica só em Janeiro para desafiar o Governo "a fazer mais".
"Só posso estar 100% de acordo consigo, os números que conhecemos envergonham a sociedade que somos, são absolutamente intoleráveis, cada vida humana perdida num caso de violência doméstica é uma ofensa profunda à sociedade", respondeu António Costa. "É um crime que vive entre nós, na rua, no trabalho, na rua."
Por isso, anunciou, na quinta-feira, a ministra da Presidência, em conjunto com a ministra da Justiça e o ministro da Administração Interna, vão reunir-se com a procuradora-geral da República e as forças de segurança para se "aperfeiçoar a resposta que é necessário dar" a este problema.
"Nenhum de nós pode dormir descansado enquanto esta realidade existir na nossa sociedade, não podemos aceitar viver numa sociedade onde haja mulheres vítimas de violência doméstica, não podemos e não vamos querer viver nessa sociedade", assegurou o primeiro-ministro.
De acordo com Observatório de Mulheres Assassinadas, em Janeiro morreram nove mulheres em contexto de violência doméstica. Durante o ano de 2018 foram assassinadas 28 mulheres e, ainda segundo dados do Observatório da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Respostas), "503 mulheres foram mortas em contexto de violência doméstica ou de género" entre 2004 e o final de 2018.