Segunda cimeira entre Trump e Kim Jong-un será no Vietname no final de Fevereiro
O anúncio da data foi feito durante o discurso sobre o Estado da União. Presidente dos EUA insistiu também na construção do muro e disse estar com os venezuelanosque lutam contra Maduro.
O Presidente dos Estados Unidos anunciou que a 27 e 28 de Fevereiro haverá segunda cimeira com o líder da Coreia do Norte, Kim Jung-un. A data e o local do encontro, o Vietname, foram anunciados por Donald Trump no discurso sobre o Estado da União, na terça-feira à noite (madrugada de sábado em Portugal).
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O Presidente dos Estados Unidos anunciou que a 27 e 28 de Fevereiro haverá segunda cimeira com o líder da Coreia do Norte, Kim Jung-un. A data e o local do encontro, o Vietname, foram anunciados por Donald Trump no discurso sobre o Estado da União, na terça-feira à noite (madrugada de sábado em Portugal).
No discurso, Trump regressou ao tema do muro com o México, criticou "as investigações que podem prejudicar o país" (uma referência à investigação sobre a suspeita de interferência russa nas eleições de 2016 em que foi eleito) e declarou apoio ao povo venezuelano na luta para afastar Nicolás Maduro do poder.
"Como parte de nossa ousada diplomacia, estamos a dar continuidade ao nosso esforço histórico pela paz na península coreana", afirmou Donald Trump perante o Congresso.
"Se eu não tivesse sido eleito Presidente dos Estados Unidos, acredito que já estaríamos numa guerra com a Coreia do Norte e com milhões de pessoas mortas. Ainda há muito por fazer, mas a minha relação com Kim Jong-Un é boa", vincou. "Por isso, vamos encontrar-nos de novo a 27 e 28 de Fevereiro, no Vietname."
A primeira cimeira entre Trump e Jong-un aconteceu a 12 de Junho de 2018, em Singapura. Nessa altura, o líder norte-coreano prometeu trabalhar para uma "desnuclearização completa da Península Coreana", insistindo no fim das sanções económicas impostas ao regime pelo Ocidente. Já Trump garantiu que as sanções vão continuar em vigor enquanto Pyongyang não avançar no processo de desnuclearização.
Pyongyang não realizou qualquer teste atómico ou balístico desde a cimeira, mas ainda não desmantelou todo o seu programa nuclear.
O enviado especial de Trump para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, está já em Pyongyang para conversações que visam a segunda cimeira.
Na primeira cimeira, e também em reuniões com Seul, a Coreia do Norte pediu a assinatura de um tratado de paz com a Coreia do Sul, para ajudar a garantir a sua sobrevivência. A Guerra da Coreia (1950-53) foi suspensa com um armistício, o que deixou os dois países tecnicamente em guerra.
México e Venezuela
O Presidente dos EUA não esqueceu o muro que quer construir na fronteira com o México para travar a entrada de imigrantes ilegais, assunto que levou à mais longa paralisação da história do governo norte-americano. Trump lembrou que o Congresso tem dez dias para aprovar um diploma que financie a construção da barreira, uma vez que o fim do shutdown foi conseguido com um acordo temporário.
Com um discurso muito centrado na política externa, o Presidente dos EUA afirmou estar "ao lado do povo venezuelano na sua nobre procura de liberdade." "Condenamos a brutalidade do regime de Maduro, cujas políticas socialistas levaram o país que era o mais rico da América do Sul a um estado de pobreza e desespero abjectos".
No campo interno, Trump fez um apelo à unidade entre os dois partidos - "juntos podemos quebrar décadas de impasse político - a bem da economia dos EUA, que garantiu estar melhor devido à sua gestão. "EStá em curso um milagre económico nos Estados Unidos que só pode ser travado com guerras tolas, politiquices e investigações ridículas motivadas pela rivalidade partidária".