Procuram-se voluntários para entender os efeitos da cafeína
O que acontece ao nosso cérebro quando tomamos café? Quais são os efeitos a curto e a longo prazo do consumo? Estas são as perguntas a que o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde quer responder. Para isso, está à procura de voluntários entre os 20 e 60 anos.
Uma equipa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), da Escola de Medicina da Universidade do Minho, está a desenvolver um estudo sobre os efeitos a curto e a longo prazo do consumo regular de café.
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Uma equipa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), da Escola de Medicina da Universidade do Minho, está a desenvolver um estudo sobre os efeitos a curto e a longo prazo do consumo regular de café.
Em comunicado, o ICVS afirma que “o café aumenta a atenção e reduz a fadiga e o seu consumo crónico está associado a uma menor prevalência de depressão”. “O que falta perceber”, dizem, “são os efeitos agudos e continuados da cafeína na estrutura e função cerebral”. E é isso que os investigadores querem entender. Para tal, estão à procura de voluntários entre os 20 e os 60 anos que queiram participar na experiência — mesmo que não tomem café.
Numa primeira fase, é feita uma avaliação neuropsicológica aos voluntários que vai caracterizar um conjunto de medidas cognitivas e psicológicas, como o estado de ansiedade e de stress. De seguida, os participantes têm de realizar algumas tarefas que permitem avaliar a memória operatória e o funcionamento executivo.
Depois, serão submetidos a duas ressonâncias magnéticas, intercaladas com uma administração de bebida com cafeína. “O nosso papel é fazer essa análise antes e depois da cafeína para perceber de que forma é que vai contribuir para haver alguma alteração [cerebral]”, esclarece Pedro Moreira, um dos investigadores envolvidos no projecto, ao P3
"O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo inteiro, mas a literatura relativa aos efeitos da cafeína em termos cognitivos e psicológicos é um bocado cinzenta", diz. Por isso, "a parte da ressonância pode ser um contributo bastante importante naquilo que já se encontra escrito cientificamente".
O projecto de investigação, a decorrer no Hospital de Braga, é financiado pelo Instituto para a Informação Científica sobre Café (ISIC, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos dedicada aos estudos da relação entre café e saúde. O estudo começou em Setembro de 2018 e já conta com metade da amostra pretendida (no total, serão necessárias 175 pessoas). Para participares neste projecto, basta inscreveres-te aqui.