Destino Europeu do Ano é Budapeste. Braga é o segundo
A cidade portuguesa ficou muito perto da votação da vencedora e posiciona-se como um dos destinos europeus emergentes.
Com mais de 62 mil votos, Budapeste venceu a votação European Best Destinations 2019, onde competem destinos estabelecidos e emergentes. A única nomeada portuguesa este ano, Braga, conseguiu o feito de ficar em segundo lugar, somando 59,092 votos.
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Com mais de 62 mil votos, Budapeste venceu a votação European Best Destinations 2019, onde competem destinos estabelecidos e emergentes. A única nomeada portuguesa este ano, Braga, conseguiu o feito de ficar em segundo lugar, somando 59,092 votos.
A competição, que já foi vencida por Lisboa (logo à primeira edição, 2010) e Porto (três nomeações, três vitórias), terminou esta terça-feira, com os resultados a deixarem ainda no top 5 a atracção italiana que é o Monte Isola (56,024 votos - nomeada como destino sustentável), a francesa Metz (52,569) e a polaca Poznan (43,057 votos). A votação mostra, uma vez mais, que os destinos "secundários" podem facilmente ultrapassar as cidades-estrelas do turismo europeu quando conseguem uma grande mobilização para as votações online (no final do top 20 encontram-se Florença, Paris, Berlim, Viena ou Londres).
Para o presidente da câmara bracarense, Ricardo Rio, esta é a “prova inquestionável da afirmação internacional da marca Braga”. "Um resultado que enche de orgulho todos os bracarenses e que terá reflexos positivos no turismo e na economia local durante os próximos anos", lê-se em comunicado da autarquia. O autarca antecipa mesmo que o resultado "fará da cidade um destino cada vez mais obrigatório para milhões de viajantes”.
"A votação foi aguerrida", revela à Fugas Maximilien Lejeune, responsável pela organização que gere a iniciativa, a European Consumers Choice (ECC) - "organização sem fins lucrativos de consumidores e especialistas" com sede em Bruxelas dedicada a "avaliar produtos e serviços".
"Braga recebeu mais votos do que Bordéus ou Wroclaw" quando venceram (2015 e 2018, respectivamente). E já se pode dizer até que Braga, definitivamente, é "trendy": "É o destino com maior número de votos recebidos de fora do país", diz Lejeune: precisamente 78% da votação na cidade chegou de além-fronteiras. E que países mais clicaram em Braga? "É o destino preferido dos viajantes [que votaram] do Brasil e Reino Unido".
No total, a iniciativa, lançada a 15 de Janeiro, recolheu mais de meio milhão de votos (515,375) segundo dados da organização, vindos de 153 países. Nas redes sociais, contaram-se mais de 145 mil partilhas. Sobre o impacto do troféu nos destinos em competição, há vários dados. Os números gerais reportam às cidades vencedoras de cada ano, sendo que todas subiram em número de visitantes (o Porto em 17%, sublinha a organização), mas é também de realçar também a cobertura mediática do evento: em média, o destino vencedor aumenta em 81% as referências, um bom sinal do aumento da notoriedade.
E nem só os vencedores ganham notoriedade e mais turistas: a presença de Braga na competição serviu de mote a destaques internacionais, caso do recente artigo da Lonely Planet que noticiava precisamente a nomeação da cidade.
Em geral, a imagem de Braga é sempre enaltecida pela sua dinâmica entre os lados histórico e tradicional com o moderno: "Visitar Braga é como fazer uma viagem no tempo" permanecendo "dentro da modernidade", referia-se na página da candidatura portuguesa no site oficial do concurso.
E como chegou Braga à competição? A nomeação, segundo referia Lejeune à Fugas, não passou nem teve relação com "os organismos nacionais de turismo" ou outras entidades. Deveu-se à "selecção feita por um painel de viajantes" no site: "Cinquenta destinos/actividades foram avaliadas por 12.960 viajantes e Braga ficou entre os 20 destinos mais bem classificados", explicava-nos o responsável. Para a competição, conta também "a reputação online", assim como "a evolução da popularidade do destino nas redes sociais". No caso da "cidade dos arcebispos" registou-se um "claro aumento" (+29% em referências directas no Instagram, exemplifica-se). Em resumo, nas palavras de Lejeune, a ascendência de Braga "é uma tendência real".