Países europeus, incluindo Portugal, reconhecem Guaidó como Presidente da Venezuela

Maduro rejeita marcar eleições presidenciais. Esta segunda-feira, 11 países europeus já reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino legítimo da Venezuela.

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Os países europeus começaram a reconhecer oficialmente Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela. Na manhã desta segunda-feira, 11 países (Espanha, Reino Unido, França, Alemanha, Suécia, Áustria, Dinamarca, Lituânia, Letónia, Holanda e Portugal) anunciaram o seu apoio ao líder da Assembleia Nacional venezuelana. 

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Os países europeus começaram a reconhecer oficialmente Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela. Na manhã desta segunda-feira, 11 países (Espanha, Reino Unido, França, Alemanha, Suécia, Áustria, Dinamarca, Lituânia, Letónia, Holanda e Portugal) anunciaram o seu apoio ao líder da Assembleia Nacional venezuelana. 

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, foi o primeiro a anunciar o reconhecimento, um dia depois de ter terminado o prazo de oito dias dado por vários países europeus a Nicolás Maduro para que este anunciasse a convocação de eleições presidenciais.

"O Governo de Espanha anuncia que reconhece oficialmente Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela", afirmou Sánchez.

“Nas próximas horas contactarei governos europeus e latino-americanos” que queiram juntar-se a este apoio, explicou Sánchez numa curta declaração. O presidente do Governo espanhol anunciou ainda um programa de ajuda humanitária à Venezuela – tal como foi pedido por Guaidó.  

Governo português reconheceu também Juan Guaidó "como Presidente encarregado de convocar eleições livres e justas na Venezuela". O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, explicou em conferência de imprensa que Guaidó é o "único que, à Luz da Constituição venezuelana, pode convocar eleições presidenciais".

Neste domingo terminou o prazo de oito dias que vários países europeus – Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Portugal – deram a Maduro para anunciar a convocação de eleições presidenciais que respeitem as exigências democráticas.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, escreveu no Twitter que "os venezuelanos têm o direito de se expressaram livremente e democraticamente". "França reconhece Juan Guaidó como Presidente interino para implementar um processo eleitoral", acrescentou.

De Londres, coube a Jeremy Hunt, ministro dos Negócios Estrangeiros, a comunicação da posição britânica relativamente à crise política na Venezuela: "Nicolás Maduro não convocou eleições presidenciais no prazo de oito dias que estabelecemos. Assim, o Reino Unido, juntamente com os aliados europeus, reconhece Juan Guaidó como Presidente interino constitucional até que sejam realizadas eleições credíveis. Vamos esperar que isto nos leve ao fim da crise humanitária", escreveu no Twitter.

Na semana passada, os eurodeputados aprovaram uma moção para o reconhecimento de Guaidó por parte do Parlamento Europeu, pedindo para que a União Europeia o fizesse também. No entanto, não houve ainda uma posição conjunta do bloco europeu nesse sentido.

Neste domingo, numa entrevista ao canal espanhola La Sexta, Maduro garantiu novamente que não vai marcar eleições presidenciais: “Não aceito ultimatos de ninguém. A política internacional não se pode basear em ultimatos. Porque é que a União Europeia tem de dar ordens a um país?”.

No dia 23 de Janeiro, Guaidó assumiu-se como Presidente interino da Venezuela, contando com o apoio imediato de países como os Estados Unidos, Canadá, Brasil e a grande maioria dos países da América Latina. Do lado de Maduro estão potências como a Rússia, China ou Turquia.

O Kremlin reagiu a esta vaga de apoios europeus a Guaidó, acusando estes países de ingerência e defendendo que devem ser os venezuelanos a resolver as suas questões internas, cita a Reuters.