Câmara de Gaia lança concurso de 1,4 milhões para reabilitar Biblioteca Municipal
Para além da reabilitação do edifício, o projecto também incidirá no arquivo e zona dedicada ao Serviço de Leitura Especial, núcleo dedicado a leitores invisuais.
A Câmara de Vila Nova de Gaia vai reabilitar a Biblioteca Municipal, num projecto de cerca de 1,4 milhões de euros a estar pronto no final de 2020, revelou esta segunda-feira o presidente socialista, Eduardo Vítor Rodrigues.
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A Câmara de Vila Nova de Gaia vai reabilitar a Biblioteca Municipal, num projecto de cerca de 1,4 milhões de euros a estar pronto no final de 2020, revelou esta segunda-feira o presidente socialista, Eduardo Vítor Rodrigues.
O lançamento de concurso foi aprovado por unanimidade na reunião de câmara que decorreu esta tarde em Arcozelo, naquela que foi a primeira sessão descentralizada desde que foi aprovado o novo regimento.
A obra da Biblioteca Municipal terá comparticipação no âmbito de uma candidatura a Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e incidirá na troca de caixilharia, arranjo de telhado, bem como melhoramentos interiores e exteriores.
Eduardo Vítor Rodrigues destacou, já à margem da reunião em declarações aos jornalistas, que uma das componentes do projecto "mais importante" tem a ver com o arquivo e zona dedicada ao Serviço de Leitura Especial, um núcleo dedicado a leitores cegos.
"Neste momento, está num local que não se coaduna com a importância do trabalho que faz. É o melhor núcleo deste género em bibliotecas públicas. Vamos relocalizá-lo", disse o autarca.
Em Janeiro de 2015 foi divulgado que o Serviço de Leitura Especial da biblioteca de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, contabilizava cerca de 950 utilizadores e, para além de Portugal, somava pequenos núcleos em França, Itália e Brasil.
Este serviço também recebe solicitações de escolas que procuram obras do Plano Nacional de Leitura e de instituições como delegações da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
O Serviço de Leitura Especial de Gaia abriu em 1998, mas só em 2006, depois de uma candidatura bem-sucedida a fundos, conseguiu apostar num estúdio de gravação onde voluntários dão voz a livros.
O espaço possuía cerca de 1.400 obras em braille e mais de 3.000 em suporte áudio, as quais podem ser requisitadas gratuitamente por 30 dias.
Ainda sobre a biblioteca, Eduardo Vítor Rodrigues, avançou que vai ser criado um núcleo monográfico ligado à literatura local e regional.
Esta segunda-feira também foram aprovados, por unanimidade, os protocolos a celebrar entre a câmara e o Ministério da Educação para a construção de pavilhões nas E/B 2-3 do Olival e de Santa Marinha, empreitadas que custam juntas 2,8 milhões de euros.
"São escolas que têm vindo a perder alunos e nestes estabelecimentos de ensino não há, actualmente, um local para a prática de educação física. Estes pavilhões - totalmente pagos pelo município - pretendem dar dignidade e valorizar as escolas, os agrupamentos escolares e a comunidade", explicou o presidente da câmara.