Dirigente das secretas faz avaliação "claramente positiva" da abertura à sociedade
Graça Mira Gomes afirma que a opção, considera "arriscada" por alguns sectores, foi "claramente positiva".
A secretária-geral do Sistema de Informações da República (SIRP), Graça Mira Gomes, fez nesta terça-feira uma “avaliação positiva” da “abertura dos serviços de informações” à sociedade e apontou o “ciberespaço” como espaço de expressão mas também de ameaças.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A secretária-geral do Sistema de Informações da República (SIRP), Graça Mira Gomes, fez nesta terça-feira uma “avaliação positiva” da “abertura dos serviços de informações” à sociedade e apontou o “ciberespaço” como espaço de expressão mas também de ameaças.
Intervindo na abertura do VI Seminário Internacional “Ciberdemocracia e Cibersegurança”, na Universidade Nova de Lisboa, Graça Mira Gomes fez uma “avaliação claramente positiva” da “abertura dos serviços de informações” à sociedade, caminho iniciado “há uma década”.
A avaliação é “claramente positiva”, mesmo se no início, admitiu, a opção “não foi isenta de polémica”, foi considerada por alguns sectores “excessivamente arriscada” por poder levar à “desvirtuação” dos serviços.
A secretária-geral do SIRP, empossada há quatro meses, disse que a “abertura” dos serviços de informações à sociedade seguiu práticas de serviços congéneres e visou dar respostas a questões como o relacionamento entre os serviços e os cidadãos. “Como ter a confiança dos cidadãos se trabalharmos com reserva e com discrição? Qual a percepção sobre as nossas missões?”, exemplificou.
Introduzindo o debate sobre “ciberdemocracia e cibersegurança”, Graça Mira Gomes afirmou que a “era digital” e o “ciberespaço” geraram formas diferentes” de intervenção, comunicação, informação e desinformação. “O ciberespaço é espaço para assumida liberdade, expressarmos ou mostrarmos insatisfação de forma imediata e em larga escala”, disse.
Por outro lado, o ciberespaço “apresenta riscos e alterou a perspectiva de análise da realidade”, constituindo vector de ameaças, desde o terrorismo, o crime organizado e a violência extremista”.
O VI Seminário Internacional "Ciberdemocracia e cibersegurança" decorre na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa e é promovido pelo Instituto de Defesa Nacional e pelo SIRP.