Sem consenso, Aveiro volta a reunir-se para discutir o projecto do Rossio
Associações e movimentos debatem, com o presidente da autarquia, as ideias base da intervenção prevista. Iniciativa é aberta a todos os cidadãos.
A sessão é organizada pelo A4 – Agrupamento Aberto de Associações de Aveiro, em conjunto com a câmara municipal, e é aberta a toda a população. Esta terça-feira à noite (21h00), voltam a ser esgrimidos argumentos em torno do polémico projecto do Rossio. Ribau Esteves, presidente da autarquia, irá apresentar o estudo prévio e responder às questões dos cidadãos e representantes das associações. Entretanto, e devido “às várias solicitações de munícipes e movimentos de cidadãos”, a câmara decidiu prolongar o prazo de audição pública até ao dia 31.
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A sessão é organizada pelo A4 – Agrupamento Aberto de Associações de Aveiro, em conjunto com a câmara municipal, e é aberta a toda a população. Esta terça-feira à noite (21h00), voltam a ser esgrimidos argumentos em torno do polémico projecto do Rossio. Ribau Esteves, presidente da autarquia, irá apresentar o estudo prévio e responder às questões dos cidadãos e representantes das associações. Entretanto, e devido “às várias solicitações de munícipes e movimentos de cidadãos”, a câmara decidiu prolongar o prazo de audição pública até ao dia 31.
Nesta sessão pública, cada uma das associações e movimentos que integram o A4 terá oportunidade para apresentar a sua posição sobre o projecto, sabendo-se, desde já, que algumas são bem críticas em relação ao que é proposto. Ainda este fim-de-semana, o movimento Juntos pelo Rossio emitiu um comunicado a contestar vários pontos do estudo prévio, rematando com um apelo à câmara: para que “desista de levar a cabo a construção do parque de estacionamento subterrâneo debaixo do Jardim do Rossio, porquanto o mesmo acarreta riscos significativos, ao mesmo tempo que condiciona em absoluto a configuração actual do jardim”.
No entender deste movimento, “não está demonstrada” a “necessidade” de construção do parque de estacionamento, além de que existem “alternativas viáveis quanto à sua localização”. No mesmo comunicado, o Juntos pelo Rossio mostra-se ainda preocupado por não terem sido “realizados estudos de avaliação de impacto, quer ambiental, quer ao nível do impacto da obra nas edificações envolventes, como também ao nível do impacto socio-económico para os comerciantes e empresários locais durante o tempo de construção”.
Outra das associações do A4 que já deu nota da sua posição foi a Plataforma Cidades. Reconhecendo que “o actual estudo prévio é melhor do que a versão base anterior”, o colectivo não deixa de manifestar que é “contra o parque de estacionamento no Rossio, mas não contra a legitimidade de a câmara municipal o fazer”.
E é também o parque de estacionamento subterrâneo a principal fonte de reparos negativos da parte do Ciclaveiro, outra das associações que integra o A4. “Consideramos que a cidade não tem um problema de estacionamento, mas sim um problema de estacionamento ilegal”, vincam os dirigentes do Ciclaveiro, numa nota pública. “A construção de um parque de grande dimensão, como o proposto, iria atrair mais veículos motorizados para o centro da cidade, algo que é actualmente reconhecido e bem documentado como sendo um erro de planeamento e uma má prática de estratégia de mobilidade”, é acrescentado.
Críticas que deverão ser manifestadas, de viva voz, no debate público previsto para o Auditório da AEVA (Associação para a Educação e Valorização da Região de Aveiro). Ribau Esteves, por seu turno, continua a defender a necessidade do parque com capacidade para 263 lugares – estão prometidos lugares reservados só para moradores, com uma política tarifária específica – nesta zona central da cidade.