Facebook promete mais transparência e menos notícias falsas nas eleições europeias
Mais transparência, menos interferência externa e menos contas e notícias falsas. Estes são os principais objectivos do Facebook para proteger a integridade das eleições europeias deste ano.
O Facebook anunciou nesta segunda-feira o lançamento de um conjunto de ferramentas para tentar evitar que rede social volte a ser usada para interferências eleitorais externas durante a campanha eleitoral para as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 26 de Maio deste ano. Uma batalha, diz a empresa, “contra notícias falsas e desinformação, discursos de ódio, supressão de eleitores e interferência eleitoral”.
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O Facebook anunciou nesta segunda-feira o lançamento de um conjunto de ferramentas para tentar evitar que rede social volte a ser usada para interferências eleitorais externas durante a campanha eleitoral para as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 26 de Maio deste ano. Uma batalha, diz a empresa, “contra notícias falsas e desinformação, discursos de ódio, supressão de eleitores e interferência eleitoral”.
Processos que a rede social tem vindo a testar, depois de se saber que foi usada como ferramenta de estratégias de propaganda e desinformação em diversos actos eleitorais, nomeadamente durante as eleições presidenciais de 2016 nos EUA, que terão sido levadas a cabo por entidades russas.
Um dos processos a aplicar a partir de Março obriga os anunciantes na rede social a necessitarem de uma autorização antes de comprarem publicidade de propaganda política. Será também dada mais informações aos utilizadores sobre esses anúncios, revelou o Facebook em comunicado.
Para publicar anúncios eleitorais ou publicidade sobre questões importantes muito debatidas relacionadas com as eleições para o Parlamento Europeu, os anunciantes devem confirmar a identidade e incluir informações adicionais sobre quem é responsável pelos anúncios.
Quando um utilizador "clica" num anúncio, surge um aviso de responsabilidade com a frase “pago por...” Será então direccionado para a biblioteca de anúncios, na qual serão partilhadas informações sobre o desempenho do anúncio, como o intervalo de gastos e as impressões, além de dados demográficos, como idade, sexo e localização de quem o viu.
“Estas ferramentas abrangem não só os anúncios de uma campanha, mas também os anúncios sobre tópicos - aqueles que não mencionam um candidato ou partido político, mas discutem temas importantes e muito debatidos”, acrescenta a nota.
O Facebook diz ainda que o seu trabalho “para combater notícias falsas continua a melhorar”. A empresa acrescenta que aposta numa abordagem de três etapas para melhorar a qualidade e a autenticidade das histórias no feed de notícias. Primeiro, remove o conteúdo que viola os padrões de autenticidade da comunidade, “o que ajuda a proteger a segurança da plataforma”. Depois, para o conteúdo que não viola directamente os padrões da comunidade, mas que, ainda assim, prejudica a autenticidade da plataforma, “reduz a sua distribuição, retirando-lhe importância no feed de notícias”. Por fim, o Facebook acrescenta que “faculta informação às pessoas, dando-lhes mais contexto sobre o que vêem no feed de notícias”.
A rede acrescenta que vai também continuar a expandir o seu programa de verificação de factos: “Quando um verificador de factos classifica uma publicação como falsa, o Facebook classifica-a no feed de notícias, reduzindo significativamente sua distribuição. Isso impede que uma publicação se espalhe e reduz o número de pessoas que a vêem. As páginas e os domínios que partilham repetidamente notícias falsas verão também a sua distribuição reduzida bem como a sua capacidade de gerar receita (...). Isso ajuda a conter a disseminação de notícias falsas com uma motivação financeira.”
A empresa planeia criar novos centros de operações de segurança e trabalhar “em estreita colaboração com legisladores, comissões eleitorais, verificadores de factos, investigadores, académicos e grupos da sociedade civil.
“As pessoas querem informação precisa e o código [de conduta para a desinformação, assinado com a União Europeia] mostra como é que os governos, empresas de tecnologia e organismos de comércio podem trabalhar em conjunto para enfrentar a desinformação online. Mas a luta contra as notícias falsas nunca vai acabar”, disse um porta-voz do Facebook, num email enviado ao PÚBLICO sobre a colaboração com a União Europeia.