Senado norte-americano chumba duas moções para acabar com o shutdown
Muitos funcionários públicos vivem situações dramáticas, obrigados a vender bens pessoais para conseguirem pagar as contas e suprir necessidades básicas.
O shutdown governamental vai prosseguir nos Estados Unidos. Esta quinta-feira, os membros do Senado norte-americano não conseguiram chegar a acordo e duas moções para retomar o financiamento da administração pública — uma do lado republicano e outra do partido democrata — não receberam votos suficientes. A paralisação já se prolonga há mais de um mês e não parece ter fim à vista.
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O shutdown governamental vai prosseguir nos Estados Unidos. Esta quinta-feira, os membros do Senado norte-americano não conseguiram chegar a acordo e duas moções para retomar o financiamento da administração pública — uma do lado republicano e outra do partido democrata — não receberam votos suficientes. A paralisação já se prolonga há mais de um mês e não parece ter fim à vista.
Não se esperava outro desfecho nas votações desta quinta-feira, tornando-se claro ao longo do debate que nenhum partido aprovaria as propostas adversárias. A moção dos republicanos incluía cinco mil milhões de dólares para financiar a construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Meia centena de senadores votaram a favor, aquém dos 60 votos necessários, e 47 pronunciaram-se contra.
Do lado dos democratas — que propunham o fim do shutdown até, pelo menos, 8 de Fevereiro — a proposta recebeu 52 votos favoráveis, com a oposição de 44 senadores, novamente aquém dos 60 votos necessários.
Foi dado, sobretudo, um mau sinal para Donald Trump, já que a proposta republicana recebeu apenas um voto democrata (em sentido inverso, seis congressistas republicanos votaram favoravelmente a proposta dos democratas), sublinhando a improbabilidade de um acordo entre os dois partidos a curto prazo.
A votação marcou o 34.º dia de paralisação governamental, na mesma semana em que centenas de milhares de funcionários públicos voltam a não receber salário. Muitos vivem situações dramáticas, obrigados a vender bens pessoais para conseguirem pagar as contas e suprir necessidades básicas.