CGD contratou advogados para avaliar processos contra ex-administradores
De acordo com o Jornal Económico, a Vieira de Almeida foi contratada pelo banco público para avaliar se avança com acções judiciais contra antigos administradores que possam ser responsabilizados por negócios que provocaram prejuízos à CGD entre 2000 e 2015.
A actual administração da Caixa Geral Depósitos (CGD), liderada por Paulo Macedo, contratou os serviços da Vieira de Almeida Associados (VdA) para avaliar se avança com acções judiciais contra antigos gestores de topo do banco público que possam ser responsabilizados por negócios que provocaram avultados prejuízos entre 2000 e 2015.
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A actual administração da Caixa Geral Depósitos (CGD), liderada por Paulo Macedo, contratou os serviços da Vieira de Almeida Associados (VdA) para avaliar se avança com acções judiciais contra antigos gestores de topo do banco público que possam ser responsabilizados por negócios que provocaram avultados prejuízos entre 2000 e 2015.
A notícia é avançada esta sexta-feira pelo Jornal Económico, que cita fonte próxima ao processo, sem identificar. Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial da CGD não fez comentários. Ainda de acordo com este semanário económico, Em causa estão perdas de 1,2 mil milhões de euros em financiamentos de risco, cujos critérios de decisão estão na mira da VdA, contratada pelo banco público no último trimestre do ano passado.
Uma das principais fontes de informação para a análise da VdA, que pode implicar acções de pedido de indemnização junto dos tribunais, é a auditoria da EY, que analisou a gestão do banco do Estado entre 2000 e 2015.
De acordo com a versão preliminar que tem sido a base das várias notícias publicadas pela comunicação social nos últimos dias, a auditoria da EY encontrou várias falhas ao nível da gestão do banco, nomeadamente na análise de risco de créditos que acabaram por gerar avultadas perdas para a instituição financeira.
O banco acabou por ser alvo de uma injecção financeira de cinco mil milhões de euros por parte do Estado, com a aprovação de Bruxelas, num processo que acabou também por gerar uma comissão de inquérito parlamentar para analisar a recapitalização da CGD e a actuação da gestão.
Na auditoria destaca-se que os membros da administração mantiveram a sua remuneração variável (normalmente ligada aos bons resultados, além da fixa) e um voto de confiança mesmo com o banco a gerar prejuízos.