Rússia e Turquia declaram apoio a Nicolás Maduro
Moscovo admite cortar cooperação com a Venezuela se Maduro for deposto.
A Rússia e a Turquia manifestaram esta quinta-feira o seu apoio ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, contra o reconhecimento de Juan Guaidó como Presidente interino pelos Estados Unidos e outros países.
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A Rússia e a Turquia manifestaram esta quinta-feira o seu apoio ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, contra o reconhecimento de Juan Guaidó como Presidente interino pelos Estados Unidos e outros países.
Em declarações à agência Interfax, o presidente da câmara baixa do Parlamento russo, Viacheslav Volodin, disse que Moscovo pode vir a pôr fim à sua cooperação com Caracas se Maduro for deposto.
A Rússia investiu na indústria petrolífera da Venezuela e fornece apoio às Forças Armadas do país. No mês passado, dois bombardeiros russos com capacidade para transportar armas nucleares aterraram na Venezuela, numa demonstração de apoio que enfureceu os Estados Unidos.
No mesmo sentido, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, telefonou a Nicolás Maduro e manifestou-lhe o seu apoio.
"O nosso Presidente ligou ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e disse-lhe: 'Maduro, meu irmão! Mantém-te firme, nós apoiamos-te!'", disse o porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, no Twitter.
Juan Guaidó é o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela – o Parlamento venezuelano, com maioria da oposição a Maduro, que foi esvaziado de poderes pelo Supremo Tribunal da Venezuela.
No dia 11 de Janeiro, Guaidó foi apoiado na Assembleia Nacional como Presidente interino, chamando "usurpador" a Nicolás Maduro. Essa declaração foi feita um dia depois da tomada de posse de Maduro para mais um mandato de seis anos, na sequência de umas eleições boicotadas pela maioria da oposição e consideradas fraudulentas por muitos países da região e do resto do mundo.
O reconhecimento internacional de Juan Guaidó como Presidente interino foi reforçado na quarta-feira, com a declaração do Presidente norte-americano, a que se seguiram outros chefes de Estado.