Marcelo Rebelo de Sousa preocupado com aumento da mortalidade infantil
O chefe de Estado defendeu que é preciso apurar as causas para que a taxa de mortalidade infantil não volte a aumentar no próximos anos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se hoje preocupado com o aumento da mortalidade infantil, defendendo que é preciso apurar as causas para que "não se volte a repetir no futuro".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se hoje preocupado com o aumento da mortalidade infantil, defendendo que é preciso apurar as causas para que "não se volte a repetir no futuro".
"Supondo que esses números correspondem à realidade, isso preocupa-me. Porque uma das bandeiras da democracia de Abril era uma mudança revolucionária no domínio da mortalidade infantil, uma redução drástica", considerou.
O chefe de Estado que esteve esta segunda-feira no Porto a convite do presidente da Câmara, o independente Rui Moreira, para assistir à apresentação do projecto de reconversão do Matadouro Industrial de Campanhã, rejeitou fazer uma leitura dos números, mas sublinhou que "gostava" de perceber, junto dos especialistas, se estes números correspondem à realidade e porque é que isto aconteceu.
"Se for verdade aquilo que foi noticiado e, se for verdade que uma das conquistas de Abril conhece uma evolução negativa, então o que é preciso é apurar porque é que isso aconteceu, para que não continue a acontecer", declarou.
De acordo com os dados oficiais ainda provisórios, os valores da mortalidade infantil são apenas ligeiramente acima dos que foram verificados em 2016. No ano passado, a taxa de mortalidade infantil foi de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.
A evolução da taxa de mortalidade infantil, hoje noticiada pelo Correio da Manhã, levou a Ordem dos Médicos a pedir um apuramento rápido das causas do aumento, que segundo dados provisórios da Direcção-Geral da Saúde registou em 2018 o valor mais elevado desde 2013.
A Direcção-Geral de Saúde considerou, contudo, que a taxa provisória de mortalidade infantil em Portugal em 2018 está dentro da normalidade e que continua abaixo da média europeia, aconselhando cautela na análise dos dados.