Conde de Paris, pretendente ao trono francês, morreu aos 85 anos

Henrique teve ambições reais, mas o movimento para restaurar a monarquia em França diminuiu progressivamente desde os anos que antecederam a Segunda Guerra.

Foto
O conde com a mulher Micaela Cousino Quinones de Lion Reuters/Charles Platiau

Henrique de Orléans, conde de Paris e pretendente ao extinto trono francês, morreu nesta segunda-feira – exactamente 226 anos depois de Luís XVI, seu primo distante, ter sido guilhotinado em Paris. A morte, aos 85 anos, foi anunciada no Facebook pelo seu filho Jean.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Henrique de Orléans, conde de Paris e pretendente ao extinto trono francês, morreu nesta segunda-feira – exactamente 226 anos depois de Luís XVI, seu primo distante, ter sido guilhotinado em Paris. A morte, aos 85 anos, foi anunciada no Facebook pelo seu filho Jean.

Foto

Henrique teve ambições reais, mas o movimento para restaurar a monarquia em França diminuiu progressivamente desde os anos que antecederam a Segunda Guerra. 

Recorde-se que a França derrubou a monarquia com a revolução de 1789, restaurando-a brevemente após a queda de Napoleão. O último rei francês, Louis Philippe, foi deposto em 1848.

Num artigo de opinião publicado no Le Figaro, em Outubro, Jean de Orleães, o filho, criticou a Constituição francesa, pedindo “mudanças” no papel de chefe de Estado, mas não reclamando a abolição da República.

“O papel do árbitro, que é mantido pelo chefe de Estado na nossa tradição de mil anos, não é realizado de forma eficaz. Não é de surpreender, portanto, que os franceses, que valorizam os símbolos políticos, votem em cada eleição presidencial para rejeitar ao invés de para aprovar”, escreveu.