Governo diz que previsão de crescimento de 2,2% continua "realista"
“As previsões têm margens de confiança e, portanto, uma previsão de 2,2% neste momento continua a ser uma previsão realista”, afirmou hoje Ricardo Mourinho Félix, à saída da reunião do Eurogrupo, no dia em que o FMI reviu em baixa o crescimento económico da zona euro
O secretário de Estado das Finanças estimou hoje que a previsão de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% este ano continua a ser “realista”, indicando, contudo, que o Governo está a acompanhar a evolução da situação económica.
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O secretário de Estado das Finanças estimou hoje que a previsão de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% este ano continua a ser “realista”, indicando, contudo, que o Governo está a acompanhar a evolução da situação económica.
No dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou as suas estimativas para a economia mundial, prevendo que cresça 3,5% em 2019, menos 0,2 pontos percentuais face às previsões anteriores, Ricardo Mourinho Félix considerou, à saída da reunião do Eurogrupo em Bruxelas, que a projecção de crescimento do PIB português, inscrita no Orçamento do Estado para 2019, continua a ser realista.
“As previsões têm margens de confiança e, portanto, uma previsão de 2,2% neste momento continua a ser uma previsão realista. Obviamente que o balanço de riscos em torno dessa previsão, à medida que o tempo vai passando, tem de ser analisado para perceber se os riscos estão mais do lado descendente ou ascendente. Mas a altura própria para rever as previsões é a do Programa de Estabilidade [em Abril]”, defendeu.
O secretário de Estado Adjunto e das Finanças lembrou que o Governo apresentou as últimas previsões macroeconómicas no contexto do Orçamento do Estado de 2019 e que aquelas são “prudentes”, considerando “um cenário central que tem uma margem que é apresentada nesse próprio Orçamento”.
“Obviamente que estamos a acompanhar a evolução da situação económica, e no Programa de Estabilidade é altura de reavaliar os números. Não se reavaliam projecções numa base mensal, porque os dados vão saindo e é preciso perceber as tendências e não reagir à informação de conjuntura que tem grande volatilidade. Mas tomamos nota das previsões que têm sido publicadas recentemente”, completou.
Mourinho Félix reportava-se à decisão do FMI de baixar as suas estimativas para a economia mundial, prevendo que cresça 3,5% em 2019 e 3,6% em 2020, menos 0,2 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente, face às previsões anteriores.
No que toca à zona euro, o FMI também piorou a estimativa de crescimento para este ano, prevendo agora um avanço de 1,6% em 2019, tendo também baixado a previsão para 2018.
Na actualização ao WEO, o FMI antecipa agora que o PIB da zona euro cresça menos 0,3 pontos percentuais em 2019 do que o previsto em Outubro.
As novas estimativas constam da actualização ao ‘World Economic Outlook’ (WEO), relatório com previsões económicas mundiais, divulgado hoje.
Em 18 de Dezembro, o Banco de Portugal (BdP) piorou as projecções de crescimento de Portugal, esperando que o PIB aumente 1,8% este ano, contra as previsões do Governo de crescimento de 2,2%.