FMI corta crescimento da zona euro para 1,6% este ano

Desempenhos mais fracos da Alemanha e de Itália levam o fundo a ficar mais pessimista relativamente à economia mundial.

Foto
LUSA/LAURENT GILLIERON

O Fundo Monetário Internacional reviu esta segunda-feira em baixa as suas previsões de crescimento para a economia mundial, com o pior desempenho esperado para a zona euro a ser a principal causa para o pessimismo revelado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Fundo Monetário Internacional reviu esta segunda-feira em baixa as suas previsões de crescimento para a economia mundial, com o pior desempenho esperado para a zona euro a ser a principal causa para o pessimismo revelado.

Na actualização do World Economic Outlook (WEO) que foi apresentado na abertura dos Encontros de Davos (e que não conta com novas previsões para Portugal), o fundo retira 0,2 pontos percentuais à sua previsão de crescimento da economia mundial este ano, que passa de 3,7% para 3,5%. Deste modo, depois do crescimento de 3,8% em 2017 e de 3,7% em 2018, irá prolongar-se a tendência de abrandamento a que se tem assistido no globo.

É na zona euro que o FMI encontrou mais motivos para ficar menos optimista. A projecção de crescimento para 2019 foi revista de 1,9% para 1,6%, afectada pelo resultado bastante mais fraco da Alemanha (1,3%, em vez de 1,9%) e da Itália (0,6%, em vez de 1%).

O FMI explica que a diferença face às previsões de Outubro (que já tinham representado uma revisão em baixa) “reflecte o efeito dos resultados mais fracos registados na segunda metade de 2019, incluindo na Alemanha, a seguir à introdução de novos standards para as emissões de combustível nos automóveis, e na Itália, onde as preocupações com os riscos financeiros e orçamentais afectaram a procura interna”.

O relatório lembra ainda que “as previsões globais para 2019 e 2020 já tinham sido revistas no último WEO, em parte por causa dos efeitos negativos dos agravamentos das taxas alfandegárias nos EUA e na China”.