Anabela Pinto criou a Bleenks para proteger os saltos altos
Empresária criou marca e registou a patente das capas que protegem e decoram os sapatos.
Atribui-se a Marilyn Monroe a seguinte citação: “Não sei quem inventou os sapatos de salto alto, mas todas as mulheres devem-lhe muito." A empresária Anabela Pinto faz parte daquele grupo de mulheres que sempre gostou de saltos altos e, por isso, ao aperceber-se como estes se estragavam com o uso (e a calçada portuguesa) inventou uma capa que protege os saltos e, por acréscimo, dão-lhes vida nova. Baptizou-a de Bleenks.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Atribui-se a Marilyn Monroe a seguinte citação: “Não sei quem inventou os sapatos de salto alto, mas todas as mulheres devem-lhe muito." A empresária Anabela Pinto faz parte daquele grupo de mulheres que sempre gostou de saltos altos e, por isso, ao aperceber-se como estes se estragavam com o uso (e a calçada portuguesa) inventou uma capa que protege os saltos e, por acréscimo, dão-lhes vida nova. Baptizou-a de Bleenks.
Como é que tudo começou? Foi na passagem de ano de 2014 que a empresária queria muito calçar uns sapatos dourados. “Sou uma apaixonada por sapatos de salto alto. Dão auto-estima e empoderamento à mulher”, define, acrescentando que também ajudam a manter uma silhueta mais sexy e elegante. Mas todos os pares que tinha guardados tinham os saltos danificados.
Foi então que se lembrou de desenhar este acessório que, garante, “não existia”. “Criei uma marca única, a nível mundial, e também tenho a patente mundial”, declara. “As pessoas dizem que foi uma ideia de génio por ser um produto único. Arranjei uma solução para um problema”, continua, entusiasmada.
Mas as suas capas são mais do que protectoras dos saltos, também servem para decorar e para personalizar os sapatos, já que existem em diversas cores. A primeira que criou foi em dourado – por causa dos sapatos que queria calçar naquele Ano Novo. Hoje, as cores mais procuradas são o dourado, prateado, vermelho e preto.
“É tão fácil de colocar e depois tirar do salto alto”, afiança. As capas existem em quatro tamanhos do XS ao L, mas todas têm 3,5 centímetros. Este acessório é “feito de liga metálica com pintura ecológica”, elucida a empresária que começou a vender online, em 2015. Até hoje já vendeu cerca de 800 mil pares não só em Portugal, mas também para países como o Canadá, Austrália e Brasil. Neste país chegou a fazer um lançamento da marca. “E já chamou a atenção do designer de sapatos Luís Onofre”, assegura.
Cada par custa 15 euros. Este acessório pode ser adquirido, a partir de Março, no Porto, perto do Bolhão, no mercado La Portuguese que Anabela Pinto vai abrir, onde estarão representados, numa área de 700 metros quadrados, produtos de dezenas de cidades portuguesas.
A empresária usa as capas diariamente – “Tenho imensas”, atira entre risos–, mas quer que a marca tenha uma vertente social. Por isso, uma parte do valor da venda reverterá para a APAV.
Depois das capas para os sapatos lançou, em 2017, a marca La Portuguese, com saias inspiradas nas mulheres da Nazaré, as saias com sete folhos, sendo que cada um representa uma região do país. Entretanto, Anabela Pinto tem já outros projectos entre mãos.