Menezes apela a Mota Pinto para tentar travar “manobras dilatórias”
Ex-líder do PSD defende voto secreto, presença de Montenegro e reunião aberta à comunicação social.
O ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes defende que o voto dos conselheiros nacionais deve ser secreto, sustenta que é possível convidar "actores" que não têm assento no conselho nacional e que a reunião desta quinta-feira deve ser aberta à comunicação social como acontece com os congressos. A posição foi enviada ao presidente da mesa do conselho nacional, Paulo Mota Pinto, pedindo para que seja “o guardião dos valores ancestrais do PSD”.
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O ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes defende que o voto dos conselheiros nacionais deve ser secreto, sustenta que é possível convidar "actores" que não têm assento no conselho nacional e que a reunião desta quinta-feira deve ser aberta à comunicação social como acontece com os congressos. A posição foi enviada ao presidente da mesa do conselho nacional, Paulo Mota Pinto, pedindo para que seja “o guardião dos valores ancestrais do PSD”.
Na carta a que o PÚBLICO teve acesso, Luís Menezes mostrou preocupação com a imagem que a reunião do conselho nacional venha a reflectir e, sem assumir qual a sua posição sobre o que está em apreciação, defendeu que “decisão, seja ela qual for, deve ser deliberada por sufrágio secreto e universal”.
O antigo líder do PSD, que é conselheiro nacional, sustentou ainda que “o debate só poderá ser enriquecedor de todos os principais actores de puderem exprimir, em igualdade de circunstâncias, perante os conselheiros nacionais”. Nesse sentido, “nada impede” que o presidente da mesa convide militantes que são protagonistas neste diferendo “a estarem presentes e, caso o desejem usem da palavra”.
Na carta, Luís Filipe Menezes pediu a Paulo Mota Pinto para que, na procura da solução final, “evite todas as manobras dilatórias ou construídas em laboratório jurídico, que possam abrir uma querela à volta de um dogma inquestionável”.
Lembrando que desde há um ano que o PSD vive uma “crise interna”, com "guerrilhas públicas entre militantes”, Menezes disse estar “certo” de que a "experiência política, o saber jurídico e o bom senso” de Paulo Mota Pinto, a quem cabe conduzir os trabalhos, serão o "garante" de valores que "não serão" ultrapassados "por nenhum motivo particular ou menor".