Sindicato dos médicos pede fim da "degradação laboral" no Instituto de Medicina Legal
Sindicato Independente dos Médicos considera que o problema dos recursos humanos no Instituto de Medicina Legal causa "sérios constrangimentos" ao funcionamento do Instituto, que tem "uma carga de trabalho quase insustentável".
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) aproveitou a abertura do ano judicial, esta terça-feira, para apelar ao fim da "degradação laboral" no Instituto de Medicina Legal.
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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) aproveitou a abertura do ano judicial, esta terça-feira, para apelar ao fim da "degradação laboral" no Instituto de Medicina Legal.
Numa nota enviada à agência Lusa, o sindicato lamenta que o Governo persista em "não resolver os problemas que causam uma situação crítica" no Instituto de Medicina Legal, resultante da "incapacidade em manter os profissionais médicos e de recrutar".
O SIM, que tem por diversas vezes alertado para a "carência de médicos" no Instituto de Medicina Legal, considera que o problema dos recursos humanos causa "sérios constrangimentos" ao funcionamento do Instituto, que tem "uma carga de trabalho quase insustentável".
"O Sindicato Independente dos Médicos apela a que o Governo encare de forma séria os problemas do Instituto de medicina Legal e impeça a sua degradação crescente", afirma a nota.
O Sindicato lamenta ainda que a ministra da Justiça se tenha recusado a responder aos pedidos de audiência.
No verão do ano passado, a Ordem dos Médicos emitiu um comunicado a lamentar que os especialistas em medicina legal sejam "esquecidos pelo sistema", apesar de prestarem funções essenciais ao país, diariamente, mas também em momentos-chave, como aconteceu nos grandes incêndios de 2017.
Os médicos do Instituto de Medicina Legal actuam não apenas em caso de grandes desastres e na realização de autópsias, mas em várias perícias, como as ligadas a casos de violência doméstica ou a crimes sexuais.