Terroristas da Al-Shabaab atacaram hotel no Quénia
Ministro do Interior diz que foi reposto o control em todos os edifícios afectados do complexo de luxo em Nairóbi alvo de atentado. Há um número indeterminado de mortos.
O ministro do Interior queniano disse na televisão que a polícia assumiu o controlo de todos os edifícios afectados do hotel de luxo e complexo de lojas e escritórios em Nairóbi, a capital do Quénia, que foi alvo de um ataque reivindicado pelo grupo extremista islâmico Al-Shabaab.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ministro do Interior queniano disse na televisão que a polícia assumiu o controlo de todos os edifícios afectados do hotel de luxo e complexo de lojas e escritórios em Nairóbi, a capital do Quénia, que foi alvo de um ataque reivindicado pelo grupo extremista islâmico Al-Shabaab.
Mas não é claro se isso o que se terá passado com o comando terrorista e se ainda haverá pessoas encurraladas dentro do edifício hotel DusitD2, ou qual o número de mortos. Não há uma estimativa oficial de vítimas, mas as agências noticiosas divulgaram imagens que tornam claro que houve vários mortos.
O ataque começou com um bombista suicida, num banco próximo do complexo, disse o chefe da polícia de Nairóbi, Joseph Boinnet, citado pela Reuters. A detonação do bombista suicida fez explodir três outros veículos no parque de estacionamento do complexo.
O ataque começou com explosões, concordam as pessoas que estão a viver o ataque e conseguiram sair do edifício – e as que ainda estão barricadas lá dentro, e comunicam com o exterior por telemóvel, e pela Internet. “Vi quatro pessoas com equipamento de combate”, relatou uma testemunha citada pela BBC. Os atacantes terão metralhadores Ak-47 e explosivos, e disparam sem hesitar, relatam.
"Ouvimos um som forte e foi atirada alguma coisa lá para dentro. E então vi vidro partido", contou à Reuters Geoffrey Otieno, que trabalha num salão de beleza no complexo do hotel. "Escondemo-nos até sermos salvos.
Haverá pelo menos seis atacantes e terá sido usado um veículo com explosivos, disse fonte diplomática ao Wall Street Journal. Viu-se fumo denso a sair do hotel DusitD2. Há várias unidades da polícia antiterrorismo no complexo, a tentar neutralizar os terroristas que publicitaram o ataque em comunicados divulgados no Twitter.
“Comecei a ouvir tiros e depois vi pessoas a correr e a levantar as mãos e algumas estavam a entrar no banco para se esconderem”, relatou à Reuters uma funcionária de um banco situado na zona.
“Não fazemos a menor ideia do que se está a passar. Ouvimos tiros a vir de várias direcções”, disse à agência AFP Simon Crump, que trabalha num dos escritórios do edifício. Explicou que vários trabalhadores se barricaram nas suas salas, depois de terem ouvido as explosões.
Em 2013, militantes do Al-Shabaab atacaram um centro comercial em Nairóbi, o Westgate, mantendo-se no seu interior durante vários dias. Morreram 71 pessoas (incluindo quatro atacantes), num ataque terrorista usado pela milícia somali como forma de propaganda. Atacaram também a universidade de Garissa, no Nordeste do Quénia, quando morreram 147 pessoas e houve dezenas de feridos, em 2015.
Este novo atentado em Nairóbi acontece exactamente três anos depois de um outro ataque do Al-Shabaab, contra uma base militar queniana em El-Adde, na Somália, onde cerca de 140 soldados quenianos morreram, sublinha o Guardian.