Mosteiro de Odivelas passa a ser gerido pela câmara municipal

O acordo de cedência tem um prazo de 50 anos e implica um investimento , por parte da Câmara de Odivelas, de cerca de 16 milhões de euros em obras de requalificação.

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Rui Gaudencio

A partir desta segunda-feira, a Câmara de Odivelas vai passar a gerir o mosteiro da cidade, através de um acordo que prevê um investimento de 16 milhões de euros e o pagamento de uma renda mensal de 23 mil, anualmente actualizável.

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A partir desta segunda-feira, a Câmara de Odivelas vai passar a gerir o mosteiro da cidade, através de um acordo que prevê um investimento de 16 milhões de euros e o pagamento de uma renda mensal de 23 mil, anualmente actualizável.

Esta transferência resulta de um acordo de cedência assinado, ao início da tarde desta segunda-feira, entre o município de Odivelas, do distrito de Lisboa, e o Ministério da Defesa, proprietário deste monumento construído em 1310. A cerimónia de transferência de gestão do mosteiro contou com a presença da secretária de Estado da Defesa, Ana Santos Pinto.

“O município fez aquilo que lhe competia que era assumir a sua responsabilidade para gerir e conduzir os destinos do mosteiro. É um monumento identitário dos odivelenses, da nossa história e do nosso passado. Não podíamos deixar escapar esta oportunidade”, justificou o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins.

O autarca explicou que a gestão do Mosteiro de Odivelas vai permitir à autarquia “salvaguardar este monumento e colocá-lo à disposição da população”, adiantando que irá ser lançada uma consulta pública para acolher propostas para o local. 

Ainda assim, Hugo Martins ressalvou que estão já pensados alguns projectos para o mosteiro e para os terrenos adjacentes, nomeadamente a criação de um centro interpretativo e de um “grande parque urbano”. 

O autarca refere ainda que cerca de 80% dos 170 azulejos do século XVII que dali tinham sido furtados, em Dezembro, foram já recuperados, e que, a partir desta segunda-feira, a Câmara de Odivelas irá reforçar a vigilância ao mosteiro para impedir que situações desta natureza se repitam no futuro.