Tancos: há mais um detido em prisão preventiva
O detido já foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e foi-lhe decretada a prisão preventiva.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais um arguido no caso do furto do material militar no Paiol de Tancos, que ficou em prisão preventiva. Trata-se de um homem emigrado na Suiça mas que foi apanhado em Santa Maria da Feira, e que é conhecido como Fernando Baião, embora esse não seja de facto o seu apelido.
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais um arguido no caso do furto do material militar no Paiol de Tancos, que ficou em prisão preventiva. Trata-se de um homem emigrado na Suiça mas que foi apanhado em Santa Maria da Feira, e que é conhecido como Fernando Baião, embora esse não seja de facto o seu apelido.
Segundo um comunicado da PJ, "em causa estão factos susceptíveis de integrarem crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de estupefacientes".
O detido já foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e foi-lhe decretada a prisão preventiva. A detenção ocorreu na sequência das diligências desencadeadas na quarta-feira.
O furto do material de guerra, entre granadas, explosivos e munições, ocorreu entre a noite do dia 27 e a madrugada do dia 28 de Junho de 2017, no Paiol de Tancos. O inquérito corre termos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária.
O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de Junho de 2017. O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, quando foram detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do crime.
Entre os detidos está o director da PJM e um civil (que já foi militar), principal suspeito da prática do furto, encontrando-se ambos em prisão preventiva, num caso que levou à demissão de Azeredo Lopes do cargo de ministro da Defesa e cujas implicações políticas levaram à criação de uma comissão parlamentar de inquérito.