Líder do PSD-Lisboa defende que é possível eleger nova direcção em 45 dias
Presidente da República recusa comentar crise no partido.
O presidente da Distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, defendeu nesta quinta-feira que é possível estatutariamente os sociais-democratas elegerem em directas um novo líder e realizarem um congresso extraordinário em 45 dias.
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O presidente da Distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, defendeu nesta quinta-feira que é possível estatutariamente os sociais-democratas elegerem em directas um novo líder e realizarem um congresso extraordinário em 45 dias.
Pedro Pinto, deputado social-democrata, considerado um dos críticos da actual direcção do seu partido, referiu que o primeiro passo do processo - a convocação de um Conselho Nacional extraordinário do PSD - pode ser "muito rápida em termos de concretização, quer essa reunião seja convocada pelo líder [Rui Rio], seja por quem quer que for".
"Um Conselho Nacional extraordinário, para se realizar, apenas precisa de três dias para a sua convocação", sustentou em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
Já o Presidente da República recusou-se nesta quinta-feira de forma determinada fazer qualquer declaração sobre a crise no PSD. Questionado várias vezes pelos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o chefe de Estado nunca se prenuncia sobre a vida partidos, “sejam eles quais forem”.
De forma genérica repetiu apenas o que tem dito em outras ocasiões: "Eu o que sempre disse, em abstracto, e mantenho, foi que é bom haver uma área do Governo forte e uma oposição ou oposições fortes, isso é bom, e haver alternativas de poder", acrescentou o chefe de Estado, que falava no final de uma conferência promovida pela associação Ajuda de Berço.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, isso "é bom para a democracia e é bom para um Presidente da República, porque quanto mais alternativas houver em termos de governação e de poder, naturalmente, mais escolha têm os portugueses e mais fácil é resolver situações de crise".
"Agora, isto é em geral assim. Em concreto, em cada momento, o que se passa no sistema político português é aquilo que resulta da vivência da democracia. E o Presidente da República tem uma posição arbitral e tem de ter uma posição arbitral, não se pronuncia sobre a situação no partido A, B, C, D", frisou.