"Redux" e "Composto Natural Dieta" são ilegais, alerta o Infarmed

Os produtos contêm substâncias destinadas ao tratamento da hipertensão, obesidade, ansiedade e obstipação que só podem ser usados em fármacos e por isso são proibidos em Portugal.

Foto
DR/ Arquivo

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) alerta que os produtos "Redux -Redutor de Medidas" e "Composto Natural Dieta" contêm substâncias que só podem ser utilizadas em fármacos e são, por isso, ilegais.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) alerta que os produtos "Redux -Redutor de Medidas" e "Composto Natural Dieta" contêm substâncias que só podem ser utilizadas em fármacos e são, por isso, ilegais.

Segundo uma nota do Infarmed, os produtos em cápsulas, que foram detectados na Alfândega, contêm substâncias destinadas ao tratamento da hipertensão, obesidade, ansiedade e obstipação e a sua utilização é proibida em Portugal.

"O produto Redux - Redutor de Medidas, cápsulas, contém substâncias destinadas ao tratamento da hipertensão, obesidade, obstipação e ansiedade. É, por isso, um medicamento ilegal, por não dispor de autorização de introdução no mercado em Portugal e conter substâncias activas que apenas podem ser utilizadas em medicamentos", destaca o Infarmed.

De acordo com a nota, os produtos foram detectados na Alfândega, no âmbito do protocolo de colaboração entre o Infarmed e a Autoridade Tributária e Aduaneira, destinado ao combate à falsificação de medicamentos.

O Infarmed alerta as entidades que dispõem destes produtos para que não os podem "vender, dispensar ou administrar" e que devem comunicar de imediato com a autoridade do medicamento.

"Os utentes que disponham destes produtos não os devem utilizar, devendo entregar as embalagens em causa na farmácia para posterior destruição, através da Valormed", adianta o Infarmed.

O produto tem, provavelmente, origem em vendas através da Internet, não tendo sido, segundo o Infarmed, detectado no circuito legal de venda de medicamentos (por exemplo, farmácias).

Após análise no laboratório do Infarmed, verificou-se que os produtos contêm as substâncias activas furosemida, hidroclorotiazida fluoxetina e bupropiom, as quais têm efeitos diuréticos e antidepressivos", é referido.

De acordo com o Infarmed, os dois produtos contêm também sibutramina, substância destinada ao emagrecimento e que foi retirada do mercado europeu, por constituir um risco para a saúde.

"Atendendo a que não está garantida a qualidade, segurança e eficácia deste produto, a sua utilização é proibida em Portugal", adverte o Infarmed.

Na semana passada, o Infarmed já tinha alertado para a detecção na Alfândega dos produtos "PowerFite" e "Diet Slim", dois "medicamentos ilegais" por não terem autorização de introdução no mercado em Portugal e conterem substâncias activas que apenas podem ser utilizadas em fármacos.

Estes produtos, em cápsulas, contêm substâncias destinadas ao tratamento da hipertensão, obesidade e ansiedade.