Projecto do Rossio continua a dividir opiniões

Vários munícipes marcaram presença na reunião de câmara desta terça-feira para dizer de sua justiça.

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ADRIANO MIRANDA

Poucos dias depois de ter apresentado publicamente as principais conclusões do estudo prévio do projecto de qualificação do Rossio, a maioria PSD-CDS/PP que governa a câmara de Aveiro foi confrontada com várias tomadas de posição contra a intenção de ali construir um parque de estacionamento em cave. Vários munícipes marcaram presença na reunião camarária desta terça-feira, aproveitando o período aberto à participação do público para dar nota das suas críticas. “Ainda tenho fé que o parque de estacionamento não fique no Rossio”, declarou Graciete Peixinho, uma das moradoras que interveio na reunião. 

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Poucos dias depois de ter apresentado publicamente as principais conclusões do estudo prévio do projecto de qualificação do Rossio, a maioria PSD-CDS/PP que governa a câmara de Aveiro foi confrontada com várias tomadas de posição contra a intenção de ali construir um parque de estacionamento em cave. Vários munícipes marcaram presença na reunião camarária desta terça-feira, aproveitando o período aberto à participação do público para dar nota das suas críticas. “Ainda tenho fé que o parque de estacionamento não fique no Rossio”, declarou Graciete Peixinho, uma das moradoras que interveio na reunião. 

Antes dos cidadãos, já a oposição tinha deixado vários reparos ao projecto – a apresentação do estudo prévio foi um dos pontos da ordem de trabalhos. Manuel de Sousa, vereador do PS, criticou a opção de planear a construção de um parque de estacionamento subterrâneo naquela zona da cidade, quando “a tendência é para retirar carros dos centros”. “E nós vamos ter aqui uma galinha de ovos de ouro para alguém”, acusou o socialista, que fez ainda questão de censurar o facto de o líder da autarquia ter divulgado o estudo à comunicação social antes de o apresentar aos eleitos para a câmara. 

Ribau Esteves respondeu, sublinhando que Aveiro continua a ter necessidade de ter “uma oferta de estacionamento em zonas centrais”, tanto mais porque uma grande parte do turismo da cidade ainda é em regime “vaivém”. Segundo argumentou, ainda, o autarca, o futuro parque de estacionamento em cave não irá “criar novos fluxos”, visto que os seus 260 lugares irão absorver os 140 que actualmente existem à superfície e todos os outros que, regularmente, estacionam em infracção naquela zona. 

O autarca lembrou, também, o debate público lançado pelo anterior executivo — e que chegou mesmo a dar lugar a um concurso público, entretanto, anulado — para a construção de quatro parques de estacionamento na cidade. E, não obstante a insistência do vereador do PS, Ribau Esteves voltou a recusar a ideia de sujeitar este projecto a um referendo. “Entendemos que a figura do referendo não é adequada para fazer trabalho político nesta matéria”, vincou. 

Nesta altura, e até ao próximo dia 25, o estudo prévio está sujeito a um período de audição pública. Ainda que a discussão do projecto esteja centrada na construção de um parque de estacionamento subterrâneo, o projecto contempla, ainda, a criação de uma praça central para acolher festas e concertos, áreas verdes, e a “musealização” do achado arqueológico da Capela de São João — instalando ali um Centro de Interpretação do Achado e da História do Rossio.