O português Nuno Maulide é o Cientista do Ano na Áustria
Químico orgânico português foi distinguido pelo Clube de Jornalistas de Ciência e Educação austríaco.
O químico português Nuno Maulide foi considerado o Cientista do Ano na Áustria. A distinção é anunciada esta segunda-feira em Viena pelo Clube de Jornalistas de Ciência e Educação austríaco. Actualmente, Nuno Maulide é professor catedrático na Universidade de Viena e tornou-se o primeiro português e o primeiro químico a receber esta distinção.
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O químico português Nuno Maulide foi considerado o Cientista do Ano na Áustria. A distinção é anunciada esta segunda-feira em Viena pelo Clube de Jornalistas de Ciência e Educação austríaco. Actualmente, Nuno Maulide é professor catedrático na Universidade de Viena e tornou-se o primeiro português e o primeiro químico a receber esta distinção.
Atribuída desde 1994, esta distinção pretende premiar investigadores a trabalhar na Áustria que “têm dado contributos notáveis para a ciência e para a divulgação junto do grande público, contribuindo para o aumento da cultura científica dos cidadãos”, lê-se num comunicado sobre o prémio. “Nuno Maulide é um cientista que se dedica de forma muito eficaz e empenhada na divulgação do seu trabalho”, afirma Eva Stanzl, presidente do Clube de Jornalistas de Ciência e Educação da Áustria. O cientista português foi escolhido por cerca de 150 membros desta associação.
Nascido em Lisboa em 1979, Nuno Maulide é professor catedrático na Universidade de Viena desde 2013 e professor convidado do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, em Oeiras. Já foi distinguido com três bolsas do Conselho Europeu de Investigação: uma bolsa de arranque em 2011, uma consolidação em 2016 e outra bolsa para prova de conceito em 2018.
Além disso, toca piano. Nuno Maulide concluiu a parte principal do curso geral de Piano no Instituto Gregoriano de Lisboa, e fez o primeiro ano do curso superior de Piano da Escola Superior de Música de Lisboa.
“Foi uma surpresa e uma honra receber esta distinção, que para além do meu trabalho como cientista premeia a forma como tenho comunicado a investigação a que o meu grupo se tem dedicado aqui em Viena”, afirma o investigador no comunicado. “A química é um dos campos científicos menos presentes nos media e será excelente que esta distinção permita falar mais sobre o tema.”
Nuno Maulide acrescenta que há a tendência para se ver a química como algo complexo, mas que a sua experiência mostra precisamente o contrário. “A química é algo tão presente no nosso dia-a-dia que é sempre surpreendente para as pessoas quão acessível e intuitiva pode ser. Enquanto cientista, é nosso dever sair das paredes dos nossos institutos e conseguir explicar o que fazemos para que qualquer pessoa possa perceber e, mais ainda, gostar de ouvir e querer saber mais. A ciência é fascinante e cabe-nos a nós, investigadores, contagiarmos as pessoas com a nossa paixão e interesse.”