Papa pede aos líderes da UE que acolham migrantes retidos em dois navios
Dois navios de ONG que salvam pessoas no Mediterrâneo, com 49 migrantes, a bordo aguardam autorização para desembarcar portos em países europeus.
O Papa Francisco pediu neste domingo aos líderes europeus que mostrem "solidariedade concreta" com os 49 migrantes ainda retidos em dois navios de organizações não-governamentais (ONG) de Malta, alguns dos quais há mais de duas semanas.
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O Papa Francisco pediu neste domingo aos líderes europeus que mostrem "solidariedade concreta" com os 49 migrantes ainda retidos em dois navios de organizações não-governamentais (ONG) de Malta, alguns dos quais há mais de duas semanas.
"Durante vários dias, 49 pessoas resgatadas no Mediterrâneo embarcaram em dois navios de ONG à espera de um porto seguro para desembarcar, e exorto os líderes europeus a mostrar solidariedade concreta em relação a estas pessoas", disse o chefe da Igreja Católica aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, por ocasião da oração tradicional do Ângelus.
Antes, durante a missa da solenidade da Epifania, na Basílica de São Pedro, o Papa apelou a que se imite a generosidade dos reis magos, empreendendo o "caminho do amor humilde".
"Para encontrar Jesus há que procurar um caminho diferente, há que seguir um caminho alternativo do amor humilde. E há que mantê-lo", assinalou o Papa.
Em 2018, morreram (e desapareceram) 2262 pessoas no mar Mediterrâneo, enquanto tentavam chegar à Europa, de acordo com os números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O país que recebeu mais migrantes foi Espanha – mais de 60 mil migrantes só no ano passado.