Ed Sheeran terá que responder a acusação de plagiar Marvin Gaye

Um juiz dos Estados Unidos rejeitou um recurso do cantor Ed Sheeran, que pedia a suspensão de um processo no qual é acusado de plagiar um clássico de Marvin Gaye. Será um júri a decidir o caso.

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Um juiz dos Estados Unidos rejeitou um recurso do cantor e compositor britânico Ed Sheeran, que pedia a suspensão de um processo no qual é acusado de plagiar o clássico Let’s get it on, gravado em 1973 por Marvin Gaye, na produção do seu grande êxito Thinking out loud de 2014.

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Um juiz dos Estados Unidos rejeitou um recurso do cantor e compositor britânico Ed Sheeran, que pedia a suspensão de um processo no qual é acusado de plagiar o clássico Let’s get it on, gravado em 1973 por Marvin Gaye, na produção do seu grande êxito Thinking out loud de 2014.

Numa decisão comunicada esta quinta-feira, o juiz Louis Stanton, de Manhattan, Nova Iorque, determinou que um júri decida se Ed Sheeran e as editoras Sony/ATV Music e Atlantic Records, devem ser considerados culpados em relação aos herdeiros do espólio do cantor e do produtor Ed Townsend, co-autor de Let’s get it on com Gaye.

O juiz entendeu haver semelhanças substanciais “entre diversos elementos musicais das duas obras”, incluindo as linhas de baixo e a percussão, e afirmou estar em discussão se a harmonia e a componente rítmica de Let’s get it on é demasiado comum para merecer protecção autoral.

O magistrado também considerou que os ouvintes podem considerar que o “apelo estético” das duas músicas contém semelhanças, apesar dos argumentos da defesa de Sheeran, segundo os quais Thinking out loud é caracterizado pelos tons “sombrios e melancólicos, abordando o amor romântico duradouro”, enquanto Let’s get it on foi um “hino sexual” irradiante de emoções positivas.

O caso do alegado plágio do cantor britânico, que actua no estádio da Luz, em Lisboa, no mês de Junho, e que foi o músico que em 2018 mais lucrou em digressão pelo mundo, é o último de uma longa lista que, nos últimos anos, têm sido noticia.

O caso mais mediático dos últimos tempos teve o seu desenlace em Dezembro passado, com os músicos Pharrell Williams e Robin Thicke, e respectivas editoras, a serem julgados e obrigados a pagar 4,3 milhões de euros de direitos de autor à família de Marvin Gaye. Em causa estava o mega-êxito Blurred lines de 2013, que a família de Gaye argumentou que copiara Got to give it up, uma canção de 1977.

O caso Blurred lines gerou uma grande discussão sobre os direitos autorais na produção musical actual, debatendo-se as fronteiras, nem sempre nítidas, entre autoria, inspiração e possibilidade de plágio, em especial quando o que está em causa são ambientes, atmosferas ou ideias gerais e não notas musicais ou composição pura e dura. Ed Sheeran, pelos vistos, é o senhor que se segue.