Mário Centeno eleito melhor ministro das Finanças da Europa
O ministro português, que é também líder do Eurogrupo, foi considerado o melhor ministro das Finanças, a quem a revista permite uma "satisfação bem merecida".
O ministro das Finanças português Mário Centeno foi considerado o melhor ministro das Finanças do ano na Europa pela revista The Banker, um suplemento do Financial Times. A revelação foi feita esta quarta-feira.
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O ministro das Finanças português Mário Centeno foi considerado o melhor ministro das Finanças do ano na Europa pela revista The Banker, um suplemento do Financial Times. A revelação foi feita esta quarta-feira.
Para além de ministro das Finanças do Governo português, Mário Centeno é, desde meados de Janeiro de 2018, presidente do Eurogrupo, sucedendo ao holandês Jeröen Dijsselbloem.
"O ministro das Finanças português Mário Centeno pode olhar para os seus primeiros 12 meses como presidente do Eurogrupo com satisfação merecida. A maratona de negociações que envolveram os ministros das Finanças da Zona Euro no início de Dezembro terminou com as reformas mais significantes para o bloco desde a crise de dívida soberana. O acordo foi alcançado sobre uma série de questões em torno da prevenção e da gestão de futuras crises financeiras", escreve a publicação.
A revista destaca que Centeno foi uma "escolha inesperada" e chega como "o primeiro presidente do Eurogrupo vindo do sul da Europa e de um país que foi resgatado durante a crise financeira" e que teve uma postura "mais conciliadora do que o seu antecessor, que era algumas vezes abrasivo".
Para a escolha de Mário Centeno, a Banker olhou também para a recuperação económica de Portugal, com o desemprego a cair abaixo de 7% depois de um pico de 17% em 2013 e as estimativas da OCDE a projectarem um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 2% tanto em 2019 como em 2020. O défice orçamental deverá passar a excedente em 2020 (na visão da OCDE) com "o rácio de dívida face ao PIB continuar a diminuir nos próximos anos".
Aumento do salário e menos impostos para as empresas
A revista lembra ainda que o salário mínimo e as pensões aumentaram e que os impostos às empresas e aos baixos rendimentos caíram. Escreve também que o ministro das Finanças reestruturou e recapitalizou quatro dos cinco maiores bancos portugueses.
Para 2019, a publicação aponta como principais metas a união bancária e o reforço da credibilidade de todo o projecto do euro.
Além do governante português foram distinguidos ministros noutros continentes. A nível global, a distinção foi atribuída a Sri Mulyani Indrawati, da Indonésia. Já no continente americano, o prémio vai para o ministro chileno Felipe Larrain. Em África, o escolhido foi o ministro egípcio Mohamed Maait e no Médio Oriente foi o israelita Moshe Kahlon.
Em Abril do último ano, Ana Catarina Mendes afirmava em entrevista ao PÚBLICO, que "nunca tivemos um ministro das Finanças tão bem aceite pelos portugueses", elogiando o cumprimento do défice e crescimento da economia como mérito do trabalho de Centeno.