Leve, levemente
O Light Phone é um segundo telefone para quem já tem um smartphone, mas quer dar-lhe uma folga. No fundo, é um telemóvel para emergências.
Agora já vi tudo, pensei, quando li a queixa de um milionário: precisa imenso de um Light Phone, mas estão esgotadíssimos há meses.
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Agora já vi tudo, pensei, quando li a queixa de um milionário: precisa imenso de um Light Phone, mas estão esgotadíssimos há meses.
Fui ver: é um telemóvel branco do tamanho de um cartão de crédito. É 2G, tem uma pilha fraquinha e só faz e recebe chamadas. É um segundo telefone para quem já tem um smartphone, mas quer dar-lhe uma folga. No fundo, é um telemóvel para emergências.
Foi concebido, dizem os criadores, “para ser usado o menos possível”. Para conservar a pouca bateria que tem está sempre a desligar-se de meio segundo em meio segundo, mesmo quando se está a marcar um número. Se não estivesse esgotado, custaria 150 dólares. Precisa de um cartão SIM activo.
Entretanto os criadores estão a trabalhar no Light Phone 2. Este é um “phone that actually respects you” – uma proeza para quem sabe como o respeito funciona.
O novo modelo responde às queixas dos utentes. Vai ter mensagens. Vai ter wifi. Vai ter Bluetooth. Vai ter despertador, notificações, altifalante, jack para auscultadores, botões físicos, escolha de sons – e será 4G. Custará 300 dólares.
Num lance compreendi: os laite-foneiros estão a seguir o caminho dos telemóveis ao longo dos anos. Começaram só a fazer e receber chamadas e agora estão a prometer um... Nokia 3310 de 1999. Um telemóvel destes arranja-se por 25 euros e é de certeza mais robusto do que o Light Phone.
Pode ser que o Light Phone 6 ou 7 tenha Internet e algumas primeiras apps. Vai ser tão excitante esperar pelas novas versões! Afinal Steve Jobs não morreu em vão.