Maternidade Alfredo da Costa garante escala de anestesia para fim do ano

Nos dias 24 e 25 de Dezembro a urgência da MAC esteve a funcionar apenas para os casos urgentes, sendo os restantes encaminhados para outros hospitais, com apenas um anestesista ao serviço.

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NUNO FERREIRA SANTos

A administração da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, garantiu esta quinta-feira que estão asseguradas as escalas de anestesia para o fim do ano, depois das dificuldades na véspera e no dia de Natal.

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A administração da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, garantiu esta quinta-feira que estão asseguradas as escalas de anestesia para o fim do ano, depois das dificuldades na véspera e no dia de Natal.

Em resposta à agência Lusa, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, que integra a Alfredo da Costa, disse que "estão asseguradas as escalas de anestesia para os dias 31 Dezembro e 1 de Janeiro".

Nos dias 24 e 25 de Dezembro a urgência da MAC esteve a funcionar apenas para os casos urgentes, sendo os restantes encaminhados para outros hospitais, com apenas um anestesista ao serviço.

Num comentário a esta situação, a ministra da Saúde afirmou, na segunda-feira em Coimbra, que o caso da falta de anestesistas demonstra a necessidade de se ter um Serviço Nacional de Saúde com profissionais em dedicação exclusiva.

Já esta quinta-feira, em comunicado, o ministério disse que tentou contratar externamente um anestesista junto de empresas prestadoras de serviços para garantir a escala nos dias 24 e 25 de Dezembro e reafirmou que houve uma proposta de uma empresa para colocar um anestesista na Maternidade Alfredo da Costa por 500 euros à hora.

O ministério indica que uma das respostas recebidas das empresas à proposta de contratação externa "referia que os vários especialistas contactados não estavam disponíveis para trabalhar pelos valores propostos e incluía ainda a disponibilidade de um anestesista mediante o pagamento de 500 euros por hora".

A Ordem dos Médicos veio já exigir a apresentação dos documentos ou contratos onde conste "claramente o referido valor".

"Tais propostas de contratação por 500 euros à hora não existem - a Ordem exige um desmentido tão público quanto o foram estas falsas notícias e reserva-se no direito de recorrer aos tribunais dado o carácter ofensivo e indigno para os médicos como resultado das declarações proferidas", refere a nota.

Segundo a Ordem, o Centro Hospitalar Lisboa Central terá aberto um concurso para contratação de prestadores de serviços, por um valor de 39 euros à hora, que é aliás o que está tabelado por lei.