Os vídeos mais vistos de 2018 (no P3) são...

O alojamento universitário, o problema da porno machista, a saúde mental, os namoros abusivos: eis os cinco vídeos mais vistos entre as centenas que te mostrámos em 2018.

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1. Um T1 por dois mil euros? João ligou a perguntar porquê

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1. Um T1 por dois mil euros? João ligou a perguntar porquê

No início do ano lectivo, o P3 lançou um apelo aos estudantes: queríamos ver as fotografias dos piores anúncios, dos quartos mais caros, das casas com menos condições. Entre as várias denúncias que nos chegaram depois por email estava o vídeo de João Sanchez, 20 anos. O mini documentário que mostra algumas das respostas dos senhorios às perguntas do estudante de Cinema em Lisboa, numa altura em que o alojamento universitário estava sob fogo, tornou-se no vídeo mais visto do nosso site, em 2018. É ver para crer.

2. Se te sentes a afundar, isso não é amor

Ao som da Walking on Sunshine vemos um casal a caminhar de uma relação aparentemente saudável para um namoro abusivo. A Day One, organização norte-americana que luta para acabar com os abusos no namoro, lançou a animação dias depois de um estudo da UMAR mostrar que um em quatro jovens portugueses acha a violência sexual no namoro “natural”. Aqui fica o vídeo que prova o contrário.

3. Salão Erótico de Barcelona denuncia “porno machista” como fábrica de violadores

Uma actriz porno a denunciar a pornografia — machista. Nos vídeos porno, defende Silvia Rubi, aprende-se que alguém com um decote acentuado é uma vítima em potência, que uma mulher embriagada representa “uma oportunidade”, que se ela não apresentar resistência não é uma violação. O vídeo do Salão Erótico de Barcelona foi divulgado em Setembro, quando em Portugal se discutia também a cultura de violação, depois da polémica decisão do Tribunal da Relação do Porto sobre uma mulher violada numa discoteca. Continua actual.

4. Vídeo de alunos da U. Minho vence prémio pela luta contra o estigma da saúde mental

Mais uma vez um vídeo pensado por estudantes universitários, desta vez sobre a depressão. “Informar para desestigmatizar” é o nome do projecto de alunos da Escola de Medicina da Universidade do Minho que pretende acabar com os mitos sobre a saúde mental, através de várias animações informativas. Esta foi a primeira e conquistou o primeiro lugar nos prémios Angelini University Award, destinado a jovens universitários em Portugal, no valor de 7500 euros. E o quarto lugar na lista de mais vistos do P3.

5. Igualdade de género: até estas crianças entendem o que está mal

A lista dos vídeos mais vistos termina com um dos temas mais falados do ano — explicado a crianças. O Sindicato do Sector Financeiro da Noruega explicou as diferenças salariais entre homens e mulheres com copos de gomas. E as perguntas que estes meninos e meninas levantaram não podiam trazer mais esperança à luta pela igualdade de género. Segundo dados divulgados em Março pela Eurostat, as trabalhadoras portuguesas ganham em média 82,5 cêntimos por cada euro que um homem ganha por hora: em 2018, esta é a terceira diferença salarial mais elevada da Europa. E o problema está longe de ser resolvido no próximo ano. Segundo o Fórum Económico Mundial, faltam 202 anos para fechar o fosso salarial entre homens e mulheres. 2220, chega rápido.