Mensagem de Natal de Costa é um "conjunto de fantasias", diz PSD

Vogal da comissão política aponta contradições no discurso do primeiro-ministro na política financeira, investimento público e área fiscal.

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PSd reagiu esta quarta-feira à mensagem de Natal

André Coelho Lima, vogal da comissão política nacional do PSD, considerou que a mensagem de Natal do primeiro-ministro se traduziu “num conjunto de fantasias” e que não tem “adesão à realidade”. O dirigente comentou assim, esta manhã, na sede do PSD no Porto, o discurso de António Costa divulgado esta terça-feira à noite.

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André Coelho Lima, vogal da comissão política nacional do PSD, considerou que a mensagem de Natal do primeiro-ministro se traduziu “num conjunto de fantasias” e que não tem “adesão à realidade”. O dirigente comentou assim, esta manhã, na sede do PSD no Porto, o discurso de António Costa divulgado esta terça-feira à noite.

“Foi um conjunto de fantasias que, ouvindo-se, gosta-se de ouvir mas que é preciso interpretar”, afirmou André Coelho Lima, apontando vários exemplos como ideia das “contas certas” e a da aposta do investimento público na saúde. Quanto à frase "contas certas", o social-democrata lembrou que a dívida pública está a aumentar e referiu que o primeiro-ministro, ao dar como exemplo o Serviço Nacional de Saúde como investimento público de qualidade, “não é um bom serviço à credibilidade da política”.

André Coelho Lima questionou a mensagem de Natal do primeiro-ministro noutros pontos. “Como garantir a continuidade deste percurso?”, interrogou-se, referindo que o percurso traçado pelo Governo “só olha para o presente” e não para o futuro. Quando António Costa fala em maior justiça fiscal, o dirigente do PSD contrapõe que os portugueses têm a “maior carga fiscal de sempre” (tal como diz, também, o CDS). Relativamente à coesão territorial e à redução dos custos dos transportes públicos, o social-democrata lembra que a proposta do Governo para essa diminuição dos preços era só para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Sobre a continuidade de investimento na Saúde, André Coelho Lima rebate com o “desinvestimento e a destruição” no sector. Por isso, conclui: “Parece-nos que [a situação] merecia outro recato”