Liga Revelação, rampa de lançamento para jogadores e treinadores

Quatro técnicos que iniciaram a temporada no comando de emblemas do campeonato sub-23 já assumiram outras funções em equipas técnicas que disputam competições profissionais.

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Tiago Fernandes Reuters/JOHN SIBLEY

O campeonato sub-23, a mais recente competição do futebol português, é uma montra para os jovens futebolistas, mas também para quem os treina. Na edição de estreia da Liga Revelação já houve vários técnicos a dar o “salto” para outros palcos: João Tralhão, que comandava o Benfica, rumou ao futebol francês para integrar a equipa técnica de Thierry Henry, no Mónaco. Tiago Fernandes, após um período como treinador interino do Sporting, passou pelos sub-23 “leoninos” antes de se tornar o sucessor de Daniel Ramos no Desportivo de Chaves. Filó, que iniciou a época como treinador dos sub-23 do Desportivo das Aves, foi treinar o Sp. Covilhã na II Liga. E José Almeida saltou dos sub-23 do Cova da Piedade para adjunto da equipa principal.

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O campeonato sub-23, a mais recente competição do futebol português, é uma montra para os jovens futebolistas, mas também para quem os treina. Na edição de estreia da Liga Revelação já houve vários técnicos a dar o “salto” para outros palcos: João Tralhão, que comandava o Benfica, rumou ao futebol francês para integrar a equipa técnica de Thierry Henry, no Mónaco. Tiago Fernandes, após um período como treinador interino do Sporting, passou pelos sub-23 “leoninos” antes de se tornar o sucessor de Daniel Ramos no Desportivo de Chaves. Filó, que iniciou a época como treinador dos sub-23 do Desportivo das Aves, foi treinar o Sp. Covilhã na II Liga. E José Almeida saltou dos sub-23 do Cova da Piedade para adjunto da equipa principal.

A média de idades dos treinadores da Liga Revelação é muito ligeiramente superior a 42 anos, mais baixa do que a média de idades dos adjuntos da I Liga (43,3 anos) e do que a média dos treinadores do principal escalão (44,9). “As equipas técnicas também estão a aprender, assim como os atletas. São equipas técnicas jovens, se olharmos para quem as lidera percebemos facilmente isso. São equipas mais pequenas do que na I Liga, sem dúvida, e há um conjunto de treinadores que vieram dos sub-19, o que vem comprovar que se trata de uma rampa de lançamento”, apontou Pedro Marques Santos, adjunto dos sub-23 da Académica.

“Não tenho dúvidas que teremos mais casos”, afirmou o técnico de 39 anos referindo-se aos exemplos de João Tralhão, Tiago Fernandes, Filó e José Almeida. “Já olhava para os escalões de formação, nomeadamente sub-17 e sub-19, patamares imediatamente anteriores ao futebol sénior e ao futebol profissional, como uma rampa de lançamento para treinadores ou equipas técnicas. E com este campeonato sub-23 não tenho dúvidas. Trata-se de uma competição de primeira divisão nacional. No início as pessoas olhavam com desconfiança para este campeonato, mas julgo que agora a ideia é completamente diferente, para melhor”, acrescentou.

“A base da Liga Revelação é o talento dos jogadores e dos treinadores”, assinalou Pedro Marques Santos, estimando que “80% dos melhores atletas nacionais jovens e alguns estrangeiros” estão na competição. “Os restantes 20% destas idades podem estar já em clubes da I ou II Liga ou até a jogar no estrangeiro, mas para os restantes é o contexto ideal para continuarem a desenvolver o seu talento. E acredito que só o talento dos treinadores é capaz de desenvolver o talento dos jogadores”, frisou, concluindo: “Temos os melhores atletas, mas temos também de ter os melhores treinadores para potenciar esse talento. É talvez a fase mais sensível. Ou os jogadores conseguem chegar ao futebol profissional, ou, a partir dos 23 anos, se calhar começa a ser um bocadinho tarde demais.”