A dias de perder a imunidade, Temer é alvo de nova denúncia
A procuradora-geral da República apresentou uma denúncia formal por corrupção contra o ainda Presidente. É a terceira vez que Temer é visado pela procuradoria.
O Presidente brasileiro Michel Temer continua na mira da justiça e vê o seu nome envolvido em cada vez mais casos de corrupção. Na quarta-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou uma denúncia e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de cinco inquéritos para investigar o Presidente.
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O Presidente brasileiro Michel Temer continua na mira da justiça e vê o seu nome envolvido em cada vez mais casos de corrupção. Na quarta-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou uma denúncia e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de cinco inquéritos para investigar o Presidente.
Em causa está a suspeita de que Temer terá favorecido a empresa Rodrimar ao aprovar a concessão de exploração do porto de Santos, no litoral do estado de São Paulo, em Maio do ano passado. A acusação dá nota da existência de um “esquema antigo envolvendo o pagamento de vantagens indevidas pela empresa portuária a Michel Temer”, cita o El País Brasil. A procuradora-geral pede que o Presidente seja condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro - já vários próximos de Temer foram detidos no âmbito desta investigação.
É a terceira acusação formal contra Temer desde que se tornou Presidente, mas agora, a menos de duas semanas de abandonar a presidência – e perder a imunidade judicial – aumenta a probabilidade de vir a ser julgado.
Temer foi acusado pelo anterior procurador-geral Rodrigo Janot pelos crimes de organização criminosa, obstrução à justiça e corrupção passiva, depois de ter sido divulgada uma gravação de uma conversa com um dos proprietários do gigante alimentar JBS, em que ambos discutiam um suborno ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Nenhuma das denúncias da procuradoria teve seguimento para os tribunais por acção da Câmara dos Deputados, que chumbou a hipótese de levar o Presidente a julgamento. Com a sua saída do Palácio do Planalto a 1 de Janeiro, há uma forte probabilidade de Temer vir a ser julgado em todos estes casos.