OLX desmente que peças do helicóptero do INEM tenham estado à venda
Só após se concluírem os funerais das quatro vítimas o INEM irá agir.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem identificados os autores dos furtos das peças do helicóptero que caiu em Valongo, mas só após se concluírem os funerais das quatro vítimas irá agir, disse à Lusa fonte daquele organismo.
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O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem identificados os autores dos furtos das peças do helicóptero que caiu em Valongo, mas só após se concluírem os funerais das quatro vítimas irá agir, disse à Lusa fonte daquele organismo.
Esta terça-feira surgiram imagens na Internet indicando que peças do helicóptero teriam estado à venda no site OLX, já depois de várias pessoas terem afirmado que "teriam estado no local" onde o helicóptero se despenhou, na Serra de Santa Justa, em Valongo, no distrito do Porto, e retirado peças da aeronave — como o PÚBLICO noticiou.
Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete de relações públicas do INEM informou que a "decisão de avançar com uma queixa contra os autores quer do furto quer da tentativa de venda na Internet está adiada até à conclusão dos funerais das vítimas".
O OLX rejeita, porém, que os destroços do helicóptero tenham estado à venda. Ao Jornal de Notícias, fonte do OLX garantiu que as imagens que circularam nas redes sociais são falsas. "A imagem foi editada. A nossa plataforma não permite seleccionar a marca e o modelo, tal como aparece nessas imagens", disse a fonte ao JN.
A imagem que circulou na Internet incluía o texto "Peças destroços helicóptero INEM". Segundo a imagem, por 115 euros, poderiam ser adquiridas "várias peças do helicóptero do INEM que caiu em Valongo", entre elas, "bocados da hélice, vidro e o logótipo do INEM".
Nesta terça-feira decorreu, em Baltar, o funeral da enfermeira Daniela Silva, estando agendados para quarta-feira os restantes três, o de Luís Vega, médico na Corunha, em Espanha, e dos dois pilotos, João Lima e Luís Rosindo.
A queda do helicóptero, no sábado, em Valongo, provocou a morte a quatro pessoas. A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.
Notícia actualizada às 18h41. O OLX desmente que as peças tenham estado à venda.