Kremlin diz que acusações contra Maria Butina são "infundadas"

Russa declarou-se culpada de abrir canais de comunicação com políticos conservadores norte-americanos e com a campanha de Donald Trump através da National Rifle Association.

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Maria Butina declarou-se culpada na quinta-feira Reuters/HANDOUT

O Governo russo classificou de infundadas as acusações feitas pelos Estados Unidos contra a russa Maria Butina, que se declarou culpada de conspiração a favor da Rússia nos EUA.

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O Governo russo classificou de infundadas as acusações feitas pelos Estados Unidos contra a russa Maria Butina, que se declarou culpada de conspiração a favor da Rússia nos EUA.

"Repetimos mais uma vez que consideramos todas as acusações contra ela como totalmente infundadas", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que recusou fazer mais comentários ao processo de Maria Butina e à sua estratégia de defesa.

Butina foi detida em Julho em Washington e acusada de ser uma agente de um país estrangeiro não registada como tal, com o objectivo de "promover os interesses da Rússia", nomeadamente infiltrando-se na National Riffle Association, o lobby das armas.

Seis meses de prisão e expulsão dos EUA

Maria Butina, de 30 anos, reconheceu na quinta-feira ter tentado abrir "canais de comunicação oficiosos com cidadãos americanos influentes" desde 2013 e em benefício dos interesses da Rússia. Ao declarar-se culpada, espera ver a sua condenação reduzida – pode ser condenada a seis meses de prisão e à expulsão dos EUA.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, denunciou as condições de detenção de Maria Butina, que visam, disse, "quebrar a sua força de vontade e forçá-la a confessar coisas que provavelmente não fez".

"Ela está detida nas condições mais duras, as que são criadas normalmente para reincidentes perigosos", disse Lavrov, citado pela agência de notícias pública russa RIA Novosti. Acrescentou que diplomatas russos visitaram Butina na sua cela, na quinta-feira.

Lavrov disse "compreender" a decisão de Maria Butina de se declarar culpada. "É a sua decisão e vamos fazer tudo para que os direitos da nossa cidadã sejam respeitados e para que volte para casa o mais rápido possível", concluiu.