Salários em atraso obrigam jogadores do Reus a rescindir contrato
O emblema da segunda divisão de futebol espanhola não paga há três meses. Jogadores abraçaram-se em campo enquanto a bola rolava.
O plantel do Reus, que integra os portugueses Luís Gustavo e Ricardo Vaz, decidiu esta sexta-feira rescindir os contratos com o clube, do segundo escalão do futebol espanhol, que tem três meses de salários em atraso.
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O plantel do Reus, que integra os portugueses Luís Gustavo e Ricardo Vaz, decidiu esta sexta-feira rescindir os contratos com o clube, do segundo escalão do futebol espanhol, que tem três meses de salários em atraso.
Em comunicado assinado por todos os jogadores, difundido pela Associação de Jogadores de Espanha e divulgado pelo capitão da equipa, Jesús Olmo, os atletas anunciaram a intenção de pedir a resolução dos contratos, face a uma situação que, consideram, "já é insustentável".
De acordo com os futebolistas do Reus, a direcção do clube prometeu a resolução da situação económica no início da presente época, o que acabou por não se verificar. "O problema prolongou-se até hoje, altura em que acreditamos que já não existe saída para que os nossos direitos como profissionais sejam garantidos", explicaram os atletas da equipa espanhola.
Os futebolistas lamentaram ainda o desfecho, "sobretudo, pela cidade, pelos empregados do Reus e pelos adeptos que sempre estiveram ao lado da equipa", e agradeceram "o constante esforço e trabalho" da Associação de Futebolistas Espanhóis na procura de uma solução.
"Disputaremos o encontro [de sábado, com o Córdoba] com o mesmo profissionalismo mostrado desde o início", prometeu o capitão, na abordagem ao próximo jogo do Reus, antepenúltimo classificado na Liga 2. No 16.º posto, o Reus está em zona de despromoção.
O jogo anterior, diante do Alcorcón, ficou marcado por um protesto: durante um minuto, os jogadores permaneceram abraçados no centro do terreno, enquanto os adversários trocavam a bola entre si, sem quererem aproveitar-se da situação.