BCE deve confirmar fim do programa de compra de dívida

Na reunião de política monetária desta quinta-feira, a instituição deverá confirmar que programa de compra de activos termina no final do mês. Desde 2015 , o BCE comprou em média mais de 500 milhões de euros de dívida portuguesa, ajudando a manter as taxas baixas.

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Desde 2015 , o BCE comprou em média mais de 500 milhões de euros de dívida portuguesa, ajudando a manter as taxas baixas Reuters/KAI PFAFFENBACH

O Banco Central Europeu (BCE) deve confirmar esta quinta-feira o fim do programa de compra de dívida, mas a acumulação de riscos deve também levar a instituição a manter as opções em aberto quanto à trajectória futura.
Nessa reunião de política monetária, o BCE deve confirmar o que anunciou em Junho, que o programa de compra de activos, lançado em 2015, termina no fim de Dezembro.

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O Banco Central Europeu (BCE) deve confirmar esta quinta-feira o fim do programa de compra de dívida, mas a acumulação de riscos deve também levar a instituição a manter as opções em aberto quanto à trajectória futura.
Nessa reunião de política monetária, o BCE deve confirmar o que anunciou em Junho, que o programa de compra de activos, lançado em 2015, termina no fim de Dezembro.

Desde Março de 2015, quando começou o programa, o BCE injectou já 2,6 biliões de euros na compra de dívida pública e privada, uma iniciativa inédita para facilitar o crédito, apoiar a economia e afastar a ameaça de deflação.
Apesar de a zona euro se encontrar no quinto ano consecutivo de crescimento, um ajustamento mais acentuado da política monetária parece, por agora, afastado.

Há vários meses que a instituição liderada por Mario Draghi tem repetido que tenciona manter as taxas de juro nos mínimos actuais "pelo menos" até ao Verão de 2019.

O BCE também já afirmou que vai continuar a investir na compra das obrigações que possui e que cheguem ao fim da sua maturidade, mas deverá explicar agora como vai actuar nessa matéria para manter durante mais tempo as condições favoráveis de financiamento.

Os analistas esperam também ver o banco central rever em baixa as suas previsões macroeconómicas para 2018 e 2019. Em Setembro, o banco central previu um crescimento de 2% na zona euro em 2018 e de 1,8% em 2019.