Leslie: Rui Rio pede celeridade e soluções mais eficazes para afetados
Presidente do PSD visitou a região dois meses depois da passagem da tempestade.
O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu nesta terça-feira mais celeridade nos processos e melhores soluções para as pessoas e empresas afectadas pela tempestade Leslie, na região Centro, em Outubro.
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O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu nesta terça-feira mais celeridade nos processos e melhores soluções para as pessoas e empresas afectadas pela tempestade Leslie, na região Centro, em Outubro.
Dois meses depois da passagem da tempestade pela região Centro, Rui Rio visitou locais afectados em Montemor-o-Velho, um dos concelhos mais fustigados no distrito de Coimbra, onde constatou que as soluções do Governo "não cobrem muitas das pessoas" que tiveram prejuízos, nomeadamente agricultores que "viram o seu negócio completamente arruinado e que não têm possibilidades de o voltar a pôr de pé".
Para o líder do PSD, "é absolutamente necessário que o Governo acelere estes processos [de apoio] e que tenha consciência da realidade". As soluções desenhadas sem se conhecer a realidade "não são as mais eficazes", sublinhou.
Em Montemor-o-Velho, Rui Rio visitou uma exploração que produzia cerca de 20 toneladas de framboesas, cujo proprietário foi obrigado a emigrar depois de prejuízos de cerca de 150 mil euros devido à tempestade.
O líder do PSD passou ainda pelo pavilhão desportivo de uma associação recreativa em Meãs do Campo que ficou sem cobertura e ainda pelas instalações da Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho.
Em declarações aos jornalistas, o presidente social-democrata notou que estas situações absolutamente extraordinárias vão passar a acontecer com muito mais frequência devido às alterações climáticas e, por isso, será necessário que o país encontre soluções, sozinho ou em conjunto com a União Europeia. "Temos de arranjar aqui força e músculo para estas situações extraordinárias", disse.
Apesar dos orçamentos do Estado serem "sempre apertados", Rui Rio defendeu que é necessário estabelecer prioridades e encontrar mecanismos que possam responder a estas situações.
"Temos de ser capazes de desenhar modelos de apoio coerentes para situações destas e, particularmente, para os mais pequenos e mais débeis. Nós temos de ultrapassar um pouco a burocracia. Temos que ter noção da realidade e, acima de tudo, conseguir olhar para o terreno e perceber que com estas ajudas não conseguem, não conseguem mesmo", salientou.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados no fim-de-semana de 13 e 14 de Outubro. A tempestade atingiu, sobretudo, a região Centro, onde provocou prejuízos superiores a 120 milhões de euros.