Theresa May corre a Europa para tentar salvar o seu "Brexit"

Três destinos num dia. Primeira-ministra britânica foi a Haia para se encontrar com o homólogo holandês, antes de se reunir com Angela Merkel em Berlim. Vai ainda a Bruxelas. Ainda esta manhã Juncker avisou em Estrasburgo que não há espaço para renegociar o acordo sobre o "Brexit".

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Theresa May com Mark Rutte, primeiro-ministro holandês, em Haia Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW

Um dia depois de ter adiado a votação decisiva sobre o “Brexit” no Parlamento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, iniciou nesta terça-feira uma série de viagens-relâmpago pela Europa para tentar salvar o seu acordo de saída da União Europeia. Haia, Berlim e Bruxelas são os destinos confirmados, todos eles nesta terça-feira.

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Um dia depois de ter adiado a votação decisiva sobre o “Brexit” no Parlamento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, iniciou nesta terça-feira uma série de viagens-relâmpago pela Europa para tentar salvar o seu acordo de saída da União Europeia. Haia, Berlim e Bruxelas são os destinos confirmados, todos eles nesta terça-feira.

O primeiro destino de Theresa May foi à cidade de Haia, para se encontrar com o homólogo holandês, Mark Rutte. Depois é Berlim para se reunir com a chanceler alemã Angela Merkel. A primeira-ministra britânica vai ainda a Bruxelas para se encontrar com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e com Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu. Estes são, para já, os encontros confirmados. 

Já depois da reunião, Rutte disse no Twitter que recebeu May em "preparação para o Conselho Europeu da próxima semana". "Um diálogo útil onde discutimos os últimos desenvolvimentos do 'Brexit'", acrescentou.

Theresa May decidiu adiar para data indefinida a votação na Câmara dos Comuns do acordo que alcançou com Bruxelas temendo uma derrota por uma “margem significativa”. Desta forma, as reuniões servirão para obter “garantias” sobre o chamado backstop, solução encontrada para evitar a formação de uma fronteira física na ilha da Irlanda e que tem sido alvo de contestação interna pela ala brexiteer do Partido Conservador e é uma exigência inegociável por parte de Bruxelas.

Mas logo na segunda-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que se vai também reunir com a primeira-ministra britânica, garantiu que a UE “não vai renegociar” o acordo estabelecido com Londres, apesar da alta probabilidade de vir a ser rejeitado pelos deputados britânicos. No entanto, Tusk disse que os líderes europeus estão disponíveis a discutir uma forma de “facilitar a ratificação [do acordo] no Reino Unido”.

Nesta manhã, através do Twitter, Juncker confirmou o encontro com May no final do dia desta terça-feira, reforçando a ideia deixada por Tusk: “Vou-me encontrar com Theresa May esta noite em Bruxelas. Continuo convencido de que o acordo do Brexit é o melhor – e o único – acordo possível. Não há espaço para renegociação, mas são possíveis esclarecimentos adicionais”.

No Parlamento Europeu em Estrasburgo, Juncker voltou ao tema e disse que os dois blocos "alcançaram o melhor acordo possível". "É o único acordo possível. Não há qualquer espaço para mais negociações. Mas claro, há espaço suficiente para dar mais esclarecimentos e mais interpretações sem abrir o acordo de saída. Isso não vai acontecer", acrescentou.

"Estou surpreso porque chegámos a um acordo no dia 25 de Novembro juntamente com o Governo do Reino Unido. Não obstante, parece que há problemas", disse ainda Juncker no plenário.