Governo adia discussão dos aumentos salariais para a próxima semana

Os sindicatos esperavam retomar o assunto na reunião desta terça-feira, mas o Ministério das Finanças adiou e preferiu discutir a reforma aos 70 anos e as pré-reformas no Estado.

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Helena Rodrigues, presidente do STE, insiste em aumentos salariais para todos os trabalhadores do Estado Mario Lopes Pereira

A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, lamentou nesta terça-feira que os aumentos salariais não tenham sido discutidos na reunião com o Governo, referindo que a discussão foi adiada para a próxima semana.

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A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, lamentou nesta terça-feira que os aumentos salariais não tenham sido discutidos na reunião com o Governo, referindo que a discussão foi adiada para a próxima semana.

“Aquilo que são estas questões tão importantes não tivemos nenhum avanço nem foi sequer discutido”, disse a sindicalista à saída da reunião com a secretária de Estado da Administração e Emprego Público, Maria de Fátima Fonseca, lamentando que o Governo continue a adiar este processo.

Segundo Helena Rodrigues, o Governo garantiu que na próxima semana, em data ainda a agendar, o tema das actualizações salariais voltará a ser discutido com os sindicatos.

Os sindicatos esperavam que o assunto fosse de novo discutido, com esperança de que ainda seja possível negociar aumentos salariais para todos os trabalhadores, apesar de o Governo ter anunciado que a subida abrange só os salários mais baixos.

Na última reunião negocial, na sexta-feira, as três estruturas sindicais da Administração Pública foram confrontadas com uma proposta de aumento do salário mais baixo praticado no sector, de 580 euros para 635 euros.

Segundo uma estimativa do Ministério das Finanças, este aumento vai abranger cerca de 70 mil trabalhadores.

Tendo em conta que, segundo os últimos dados publicados pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), em Setembro existiam 671 mil trabalhadores no Estado, isto significa que mais de 600 mil não terão actualizações salariais.

No entanto, as três estruturas sindicais continuam a exigir aumentos para todos os trabalhadores e não apenas para os que ganham salários mais baixos.

A regulamentação das pré-reformas na função pública, o exercício de funções por parte de aposentados aos 70 anos de idade foram alguns assuntos discutidos com o STE, que pediu ao Governo “mais esclarecimentos sobre este processo”.