China e EUA discutem calendário de negociações para pôr termo a guerra comercial
O breve comunicado de Pequim indica que foi discutido "o calendário das próximas consultas económicas e comerciais", mas não precisa onde ou quando estas terão lugar.
Negociadores chineses e norte-americanos discutiram por telefone um calendário para tentar acabar com a disputa comercial entre os dois países, informou nesta terça-feira o Ministério do Comércio da China.
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Negociadores chineses e norte-americanos discutiram por telefone um calendário para tentar acabar com a disputa comercial entre os dois países, informou nesta terça-feira o Ministério do Comércio da China.
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, conversou com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e com o representante de Comércio, Robert Lighthizer, sobre as formas de concretizar o "consenso" alcançado pelos líderes dos dois países, após a cimeira do G20 de 30 de Novembro em Buenos Aires, na Argentina, pode ler-se no mesmo comunicado.
O breve comunicado de Pequim indica que foi discutido "o calendário das próximas consultas económicas e comerciais", mas não precisa onde ou quando estas terão lugar.
No texto também não consta qualquer informação sobre se Liu He e os seus interlocutores abordaram o caso Huawei, que voltou a colocar tensão nas relações entre os dois países após a detenção da dirigente do gigante de telecomunicações chinês.
A detenção ocorreu na semana passada, depois de Washington ter pedido a sua extradição por supostamente ter violado as sanções impostas pelas autoridades norte-americanas contra o Irão.
A tensão entre os dois países põe em causa os 90 dias de tréguas que procuram evitar uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. O entendimento entre os líderes Donald Trump e Xi Jinping – que esteve na semana passada em visita oficial a Portugal – foi anunciado no domingo e dá-lhes tempo para negociar um acordo comercial sem temer novas taxas e consequentes represálias.
A administração norte-americana tinha anunciado que as taxas alfandegárias sobre importações chineses no valor de 200 mil milhões de dólares iam crescer de 10% para 25% no início do próximo ano e Trump estava a considerar alargar o número de bens chineses que iriam sofrer esse aumento.