Gestão de Conceição em Istambul resultou em lucro e recordes
Mesmo poupando meia dúzia de habituais titulares, o FC Porto derrotou na Turquia o Galatasaray, por 2-3, e estabeleceu dois máximos na prova: cinco vitórias consecutivas e 16 pontos na fase de grupos.
A exibição não encheu o olho, mas isso será o que menos preocupa Sérgio Conceição. De forma eficaz, o FC Porto garantiu a 12.ª vitória consecutiva em todas as provas e, mesmo poupando meia dúzia de habituais titulares em Istambul, estabeleceu dois recordes do clube na Liga dos Campeões: cinco vitórias consecutivas e 16 pontos na fase de grupos. Num jogo em que os “dragões” tiveram sempre o comando do marcador, Felipe, Marega e Sérgio Oliveira fizeram os golos do triunfo, por 3-2, contra o Galatasaray que, apesar da derrota, beneficiou do desaire do Lokomotiv Moscovo para qualificar-se para a Liga Europa.
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A exibição não encheu o olho, mas isso será o que menos preocupa Sérgio Conceição. De forma eficaz, o FC Porto garantiu a 12.ª vitória consecutiva em todas as provas e, mesmo poupando meia dúzia de habituais titulares em Istambul, estabeleceu dois recordes do clube na Liga dos Campeões: cinco vitórias consecutivas e 16 pontos na fase de grupos. Num jogo em que os “dragões” tiveram sempre o comando do marcador, Felipe, Marega e Sérgio Oliveira fizeram os golos do triunfo, por 3-2, contra o Galatasaray que, apesar da derrota, beneficiou do desaire do Lokomotiv Moscovo para qualificar-se para a Liga Europa.
A missão estava cumprida e o objectivo de garantir, pela segunda época consecutiva, um lugar entre os 16 melhores da Europa tinha sido alcançado há duas semanas, pelo que Sérgio Conceição não desperdiçou a oportunidade de gerir o plantel em Istambul. Com um calendário apertado e exigente — serão sete os jogos que os portistas ainda vão ter até 12 de Janeiro —, o técnico deu minutos (e moral) a jogadores como Sérgio Oliveira, Hernâni e Adrián, resguardando meia dúzia de habituais titulares (Militão, Corona, Otávio, Soares, Brahimi e Óliver) para a difícil deslocação aos Açores, onde sábado os “dragões” defrontam o Santa Clara. Mantendo o 4x3x3, o fato portista esta época na Liga dos Campeões, Conceição voltou a entregar a Marega o papel de jogador mais adiantado e apostou num trio de meio-campo de qualidade insuspeita: Danilo, Herrera e Oliveira.
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O início, no entanto, deu força às palavras de Conceição na véspera: “O Galatasaray fez um jogo muito competente no Dragão e foi talvez o adversário mais difícil que tivemos.” Apesar do mau momento que atravessa — 7.º lugar no campeonato e duas vitórias nos últimos 11 jogos —, os “leões” de Istambul entraram com as rotações no máximo e estiveram perto de marcar aos 10’, mas após um lance confuso, em que Diogo Leite impediu com o braço que a bola entrasse na baliza, o árbitro bielorrusso Aleksei Kulbakov resolveu o problema da ausência do VAR assinalando fora-de-jogo a um jogador do Galatasaray.
Marega entre os melhores
Quase de seguida, os turcos beneficiaram de mais duas oportunidades, mas aos 17’ foi o FC Porto que marcou: Derdiyok deixou fugir Felipe e o brasileiro fez de cabeça o 0-1. A experiência e a qualidade dos portistas faziam a diferença e quebravam o ímpeto inicial do Galatasaray.
Mais tranquilos, os “dragões” passaram a gerir o ritmo e, aos 40’, chegaram ao segundo: Hernâni caiu na área após fintar Féghouli e o árbitro marcou penálti. Marega não tremeu e marcou pelo quinto jogo consecutivo na Champions, proeza que coloca o maliano num restrito grupo onde estão jogadores como Ronaldo, Messi, Neymar, Del Piero ou Jardel.
No entanto, a vantagem de dois golos durou pouco. Ainda antes do intervalo, num lance parecido ao pénalti favorável aos “dragões”, Kulbakov manteve o critério e considerou que Felipe derrubou Garry Rodrigues. Féghouli reduziu para 1-2.
A desvantagem colocava o apuramento do Galatasaray para a Liga Europa dependente do resultado do Lokomotiv Moscovo na Alemanha e Fatih Terim arriscou. Com Onyekuru no lugar de Donk, os turcos entraram para a segunda parte com quatro avançados. A equipa de Istambul voltou a empurrar os portistas para a sua área mas, tal como na primeira parte, o trunfo “azul-e-branco” foi a eficácia: Marega recuperou a bola, Hernâni desequilibrou na direita e Oliveira, já dentro da área adversária, fez o terceiro portista.
Porém, os “dragões” voltaram a não ter tempo para saborear os dois golos de diferença. Pouco mais de cinco minutos depois, Derdiyok redimiu-se dos falhanços anteriores e reduziu (2-3). O FC Porto tremia e, quase de seguida, mais uma decisão discutível de Kulbakov colocou nos pés de Féghouli a hipótese do empate. Só que, desta vez, o argelino acertou na barra na transformação do terceiro penálti do jogo.
Com mais de vinte minutos para disputar, Conceição jogou pelo seguro. Com Jorge e Chidozie no lugar de Adrián e Oliveira, o técnico abdicou de jogar bonito e, apesar de um par de sobressaltos, não deixou fugir os 2,7 milhões de euros da vitória para o clube e garantiu dois recordes para o seu currículo. Cinco vitórias consecutivas na Champions, inédito na história dos “dragões”, e 16 pontos na fase de grupos, repetindo um feito que conseguiu como jogador na época 1996-97.