Exibição curta deu vitória igualmente curta
Benfica venceu na visita ao V. Setúbal graças a um golo solitário de Jonas. Apesar de o adversário pouco incómodo ter criado, a equipa de Rui Vitória sentiu dificuldades em controlar a partida
Num jogo em que a qualidade não abundou por parte das duas equipas, o Benfica obteve a terceira vitória consecutiva no campeonato ao impor-se no terreno do V. Setúbal (0-1). Mas a noite foi tudo menos simples para a equipa de Rui Vitória, que esteve longe de ter o jogo controlado, e teve de suar bastante para segurar a vantagem mínima no Bonfim. Mesmo que os sadinos tenham sido um adversário pouco complicado, foram três pontos arrancados a ferros para os “encarnados”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Num jogo em que a qualidade não abundou por parte das duas equipas, o Benfica obteve a terceira vitória consecutiva no campeonato ao impor-se no terreno do V. Setúbal (0-1). Mas a noite foi tudo menos simples para a equipa de Rui Vitória, que esteve longe de ter o jogo controlado, e teve de suar bastante para segurar a vantagem mínima no Bonfim. Mesmo que os sadinos tenham sido um adversário pouco complicado, foram três pontos arrancados a ferros para os “encarnados”.
A fase inicial da partida era um prenúncio do que estava para vir no resto da noite. Muitas faltas, muitos passes errados, muitas interrupções na partida. E pouco, pouquíssimo, futebol. Como se torna evidente olhando para o número de faltas assinaladas ao longo da partida: 43 no total (23 dos sadinos, 20 dos “encarnados”, segundo as estatísticas da Liga portuguesa). As duas equipas jogavam como se tivessem a corda ao pescoço e os nervos estavam à flor da pele, como ficou evidente pelas picardias entre jogadores que foram marcando a partida.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO
Vindo de um jogo a meio da semana frente ao Paços de Ferreira, para a Taça da Liga, em que aproveitou para dar minutos a alguns jogadores menos utilizados, Rui Vitória recuperou no Bonfim as opções habituais, fazendo alinhar de início exactamente o mesmo “onze” que tinha escolhido para a partida frente ao Feirense – a primeira após o período conturbado vivido pelos “encarnados”, em que o técnico esteve com um pé fora do clube – e que o Benfica venceu por 4-0.
Mas em Setúbal o desfecho foi drasticamente diferente. A intranquilidade que a equipa de Lito Vidigal por vezes demonstrava – evidente aos 11’, quando o guarda-redes Cristiano, num lance difícil de explicar num profissional, agarrou a bola fora da área e ofereceu um livre perigosíssimo ao Benfica – não foi explorada pelas “águias”, que por estes dias também são uma equipa com grandes oscilações emocionais. E, mesmo com Jonas a fazer o 0-1 aos 17’, a formação de Rui Vitória não aproveitou para controlar e ter uma noite tranquila.
Numa jogada pela esquerda, Grimaldo galgou metros e entregou a bola a Gedson Fernandes, que fez o passe para Jonas. No coração da área, o brasileiro só teve de encostar, perante a passividade da defesa do V. Setúbal, que foi deixando o Benfica avançar. Para além do golo, tudo o que os “encarnados” mostraram na primeira parte foi um remate de Zivkovic ao poste (29’). Mas os sadinos pouco fizeram para incomodar Vlachodimos, e no lance mais perigoso valeu Zivkovic, a recuperar rapidamente e a tirar a bola a Éber Bessa.
O jogo não estava ganho pelo Benfica, nem perdido pelo V. Setúbal. E a equipa de Lito Vidigal entrou na segunda parte disposta a contrariar a desvantagem. Lito lançou Rúben Micael e logo aos 46’ Éber Bessa ameaçou com um remate de longe, mas a bola saiu muito por cima da baliza “encarnada”.
A jogar como se estivesse sobre brasas, o Benfica desperdiçava as oportunidades que tinha para sentenciar a partida. Duas situações que tiveram Rafa como protagonista são um bom exemplo: aos 58’, isolado após toque de peito de Jonas, tentou fazer a bola passar sobre Cristiano mas atirou muito por cima da trave. E aos 68’, novamente na sequência de um passe de Jonas, atirou para defesa do guarda-redes sadino.
Na outra baliza, os minutos finais trouxeram os lances mais perigosos, nomeadamente o cabeceamento de Jhonder Cádiz aos 89’, que Vlachodimos conseguiu afastar. E pouco depois terminava um calvário de 90 minutos para os espectadores no Bonfim.