Júlio Pereira recebe Prémio José Afonso e actua este sábado na Amadora

Câmara da Amadora entrega Prémio José Afonso a Júlio Pereira, este sábado, pelo seu disco Praça do Comércio, que será apresentado ao vivo na mesma noite, às 21h30, no palco dos Recreios da Amadora.

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Júlio Pereira Raquel Von Kaminaru

O músico e compositor Júlio Pereira recebe este sábado o Prémio José Afonso pelo seu mais recente trabalho Praça do Comércio, que apresentará ao vivo na mesma noite, no palco dos Recreios da Amadora, pelas 21h30. O júri, constituído por Olga Prats, Sérgio Azevedo (convidados pela Câmara Municipal da Amadora e pela Escola Superior de Música de Lisboa) e pela vencedora do prémio em 2017, Teresa Salgueiro, considerou que o disco Praça do Comércio “é um trabalho que se destaca de entre a vasta produção de Júlio Pereira pela sofisticação e maturidade que demonstra, além de continuar um trabalho de décadas no renascer de instrumentos e tradições ancestrais portuguesas, que urge preservar e actualizar, sob pena de desaparecerem para sempre”.

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O músico e compositor Júlio Pereira recebe este sábado o Prémio José Afonso pelo seu mais recente trabalho Praça do Comércio, que apresentará ao vivo na mesma noite, no palco dos Recreios da Amadora, pelas 21h30. O júri, constituído por Olga Prats, Sérgio Azevedo (convidados pela Câmara Municipal da Amadora e pela Escola Superior de Música de Lisboa) e pela vencedora do prémio em 2017, Teresa Salgueiro, considerou que o disco Praça do Comércio “é um trabalho que se destaca de entre a vasta produção de Júlio Pereira pela sofisticação e maturidade que demonstra, além de continuar um trabalho de décadas no renascer de instrumentos e tradições ancestrais portuguesas, que urge preservar e actualizar, sob pena de desaparecerem para sempre”.

Editado em 2017, Praça do Comércio já havia recebido no início de 2018 o Prémio Pedro Osório, atribuído pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), que considerou tal disco “um excelente exemplo do valor do instrumento [o cavaquinho] e do muito que com ele pode ser feito, havendo agora dezenas de novos executantes e construtores em todo o país.”

Instituído em 1988, pela Câmara Municipal da Amadora, e atribuído desde então (com interrupção em 2006), o Prémio José Afonso já distinguiu Fausto Bordalo Dias (1988), Vitorino (1989), Sérgio Godinho (1990), Júlio Pereira (1991), José Mário Branco (1992), Vitorino (1983), Sérgio Godinho (1994), Né Ladeiras (1995), José Mário Branco, Amélia Muge e João Afonso com o projecto Maio Maduro Maio (1996), Vai de Roda (1997), Gaiteiros de Lisboa (1998), Amélia Muge (1999), Dulce Pontes (2000), Vozes do Sul (2001), Jorge Palma (2002), Carlos do Carmo (2003), Filipa Pais (2004), José Medeiros (2005), Brigada Victor Jara (2007), Frei Fado d’El Rei (2008), Mafalda Veiga (2009), António Pinho Vargas (2010), Deolinda (2011), 4uatro Ao Sul (2013), Gisela João (2014), O’queStrada (2015), Mariza (2016) e Teresa Salgueiro (2017).

O Cavaquinho, um livro reeditado

Multi-instrumentista, com discos gravados onde toca cavaquinho, braguinha, viola, viola braguesa, bandolim ou bouzouki, Júlio Pereira é também presidente da Associação Cultural Museu Cavaquinho, que tem por missão “documentar, preservar e promover a história e a prática do cavaquinho”, bem como dos seus “parentes” pelo mundo. Neste contexto, vai ser lançado no dia 13 de Dezembro, no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, às 18h30, o livro O Cavaquinho – Estudo de Difusão de um Instrumento Musical Popular, da autoria do etnólogo Jorge Dias (1907-1973), com apresentação do professor e etnomusicólogo Domingos Morais. A edição é feita ao abrigo do protocolo de colaboração entre a Associação e a Direcção-Geral do Património Cultural.

No site do Museu Cavaquinho há este pequeno apontamento sobre o livro, que teve uma primeira edição em 1965, pela Junta de Investigações do Ultramar: “O texto de António Jorge Dias sobre o cavaquinho, datado de 1963 e agora reeditado em livro e traduzido para inglês, pode-se considerar o primeiro de uma série de estudos sobre os instrumentos musicais populares portugueses com o rigor e exigência fundamentais que permitem conhecer a sua diversidade, origens e presença na vida das comunidades.”