John Kelly, chefe de gabinete de Trump, deve sair nos próximos dias
O general e Donald Trump já não se falam, segundo os media norte-americanos. General na reforma está a prazo há vários meses.
Há meses que o chefe de gabinete do Presidente Donald Trump, John Kelly, parece ter os dias contados na Casa Branca. Mas desta vez o anúncio deverá estar mesmo por dias.
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Há meses que o chefe de gabinete do Presidente Donald Trump, John Kelly, parece ter os dias contados na Casa Branca. Mas desta vez o anúncio deverá estar mesmo por dias.
Esta sexta-feira, o Presidente norte-americano anunciou as suas escolhas para attorney general e para embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, mas ainda não formalizou a saída do chefe de gabinete.
Segundo os relatos dos media norte-americanos, nos últimos dias a relação entre Trump e o general na reforma Kelly chegou ao ponto de ambos terem deixado de se falar. E a saída de Kelly deverá ser anunciada na próxima semana.
"Dizem-me que John Kelly deverá demitir-se em breve. A relação entre Trump e Kelly já não é sustentável", disse no Twitter a correspondente da CNN na Casa Branca, Kaitlin Collins.
Um dos nomes mais falados para substituir John Kelly é Nick Ayers, actual chefe de gabinete do vice-presidente, Mike Pence.
Um general na Casa Branca
Kelly foi nomeado no Verão de 2017 para pôr ordem na Casa Branca, no auge de uma crise entre o Presidente e uma facção representada pelo então chefe de gabinete, Reince Priebus, que era constantemente posto em causa pelo círculo mais próximo do Presidente.
Como general, John Kelly chefiou várias batalhas na invasão do Iraque e perdeu o seu filho Robert na guerra do Afeganistão, em 2010.
Acabou a carreira na chefia do Comando dos EUA na América do Sul e Central, onde foi responsável – e fervoroso defensor – da prisão de Guatánamo, e onde as suas posições sobre imigração se aproximaram muito às de Donald Trump.
Durante as audições para o cargo de secretário de Segurança Interna (que ocupou antes de chefiar o gabinete de Trump), pôs em causa a eficácia da construção de um muro na fronteira, mas foi o maior defensor do Presidente durante a contestação à proibição de entrada no país de cidadãos de seis países de maioria muçulmana. Era elogiado pelos eleitores de Trump por ter conseguido reduzir o número de passagens na fronteira entre o México e os Estados Unidos nos primeiros seis meses de 2017.